Os Acadêmicos da Alegria e a Transversalidade como Princípio da Política Nacional de Humanização
A Universidade do Oeste Paulista (UNOESTE) busca ensinar os Princípios do HumanizaSUS para os estudantes do Curso Médico a partir das práticas cotidianas nos Serviços de Saúde, por meio de Metodologias Ativas de Ensino e Aprendizagem.
Para construirmos uma política que dê qualidade aos atendimentos no SUS, a humanização deve ser entendida como uma dimensão fundamental, e não apenas como um simples programa a ser aplicado nos serviços de saúde. A UNOESTE entende que a humanização precisa ser interpretada como uma política que opera de maneira transversal em toda a rede do SUS.
Dessa maneira, os estudantes do Curso Médico foram estimulados a criar um grupo denominado Acadêmicos da Alegria, juntamente com outros estudantes das áreas da Saúde.
A figura do palhaço dentro dos hospitais apareceu em 1980. Naquele ano, o oncologista infantil Patch Adams procurou melhorar o ambiente hospitalar e a relação médica com o paciente, por meio do amor, do humor e da gentileza. Atualmente o exemplo do Pach Adams é seguido por muitos voluntários, com o objetivo de melhorar a vida de quem está internado no nosocômio como paciente, de seus familiares e amigos e também da equipe de saúde que labora na unidade, além dos secretários, zeladores e demais colaboradores.
Na Universidade do Oeste Paulista (UNOESTE), no Campus de Presidente Prudente, SP, a humanização é ensinada para os estudantes desde a sala de aula e se exterioriza nas atividades práticas realizadas pelos acadêmicos, de maneira interprofissional.
Os Facilitadores referem que ouvem muitos relatos sobre como os acadêmicos voltam transformados dessas visitas ao hospital. Esses estudantes acabam descobrindo o poder das ações de generosidade, de olhar para o usuário do SUS que está internado, com maior atenção, referindo saírem melhores, como futuros profissionais de saúde, do que antes de experimentarem participar do Grupo Acadêmicos da Alegria.
Atualmente, as equipes de Acadêmicos atuam no Hospital Regional de Presidente Prudente. Os Facilitadores participantes salientam que falar de gentileza no grupo é muito importante, pois é disso que partem as possibilidades de criação de vínculos de respeito e confiança entre usuários do SUS e estudantes da área da Saúde.
O estudante necessita de um intenso trabalho de preparação para se tornar um “palhaço que atua em hospitais”, pois a responsabilidade e os cuidados com o outro, são muito estimulados, com foco na alteridade. Os cuidados com o usuário do SUS são muito repisados. O acadêmico precisa saber onde pode e onde não pode estar, o tipo de brincadeiras que podem e não podem ser feitas, o respeito ao usuário do SUS que não deseja receber a visita dos palhaços, dentre outras situações, que devem ser levadas muito a sério.
A cada semestre percebemos uma renovação das equipes participantes dos Acadêmicos da Alegria, o que enche de vontade os facilitadores de continuar estimulando a Transversalidade das ações de Humanização.
Referências:
Política Nacional de Humanização do SUS – Uma Política Transversal. Disponível em: https://www.google.com/url?sa=t&source=web&rct=j&url=https://saude.grancursosonline.com.br/politica-nacional-de-humanizacao-do-sus-uma-politica-transversal/&ved=2ahUKEwimyO27m4rhAhVtEbkGHcx0CxEQFjAKegQIBxAB&usg=AOvVaw2aaNScxPMDhB5V0yGsgSj5. Consulta em 17 03 2019 às 20h 17min.
