Pacientes do Hospital Galileu recebem Feira Nutricional no leito

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Projeto envolve estudantes dos cursos de saúde para dar orientações nutricionais

 

Quantas calorias comer por dia? Quais alimentos consumir diante de uma doença? Qual dieta ideal para fazer durante uma internação hospitalar? Perguntas como essas, são comuns e muitas vezes ficam sem respostas técnicas. Pensando nisso, o Hospital Público Estadual Galileu (HPEG), na Grande Belém, realizou nesta quinta-feira (14), uma ação especial, voltada para tirar dúvidas e orientar aos seus usuários sobre as verdades dos alimentos e o que podem, de fato, consumir durante o período de internação ou apenas como manter hábitos saudáveis.

O fato é que, cada pessoa deve manter uma dieta específica, se adequando às avaliações e acompanhamentos especializados para equilibrar todos eles e tornar a vida ainda mais saudável. Através de uma Feira Nutricional, estudantes e profissionais de saúde percorreram os leitos e corredores da unidade, fazendo demonstrações lúdicas sobre os alimentos. As orientações foram feitas com cartazes e ainda, com a distribuição de amostras de produtos. A ação também se estendeu aos colaboradores da unidade, que puderam sanar dúvidas e ser orientados quanto às substituições de alimentos.

“O projeto pretende estimular os hábitos saudáveis da nossa população. Ele surgiu na sala de aula, e conseguimos proporcionar informações para vários públicos. A experiência no Hospital Galileu foi incrível, já que estimulamos que as pessoas tenham informações da alimentação, para melhorar a qualidade de vida delas”, disse a coordenadora do projeto, Camily Andrade, professora da Faculdade Intercultural da Amazônia (Fiama).

Experiência

A costureira Jane Oliveira, de 54 anos, acompanha o seu irmão na unidade. Para ela, a ação foi de extrema importância para tirar dúvidas. “Somos mal informados e também não procuramos informações. Além disso, a maioria das pessoas não sabem separar os alimentos, não sabem o que é proteína, o que é energético, não sabem o que são nutrientes. E essa ação veio para nos informar”, comentou a usuária.

Jane também destaca o que aprendeu com a iniciativa. “Eu não sabia, por exemplo, que ao longo do tempo, o alto consumo de energéticos pode causar arritmia, problemas cardíacos ou algo assim. Dessa forma, a gente também pode passar uma informação correta para quem quer aprender”, disse.

Já o irmão da costureira, o paciente Arlindo Guilherme de Oliveira, também observou os benefícios da ação. “Agora sei o que devo ou não fazer. Devemos manter uma alimentação saudável”, disse que está há 10 dias na unidade após sofrer um acidente de trânsito.

Humanização

A coordenadora de humanização do HPEG, Anny Segovia, destaca que iniciativas como essa, são parte de uma atenção holística que proporciona além do cuidado da saúde física, e também mental e social.

“A ação faz parte de uma assistência humanizada, a qual tem o objetivo de proporcionar algo interativo e de descontração, na rotina de quem está no ambiente hospitalar. Alcançamos além dos pacientes, os acompanhantes e colaboradores, com informações sobre hábitos saudáveis e uma vida com qualidade”, enfatizou Segovia.

Serviço – O Hospital Galileu tem o perfil de baixa e média complexidade e funciona como retaguarda cirúrgica para pacientes de traumas ortopédicos, além de atender usuários urológicos e da cirurgia torácica, sendo referência em reconstrução de traqueia.

A unidade é pública e administrada pelo Instituto de Saúde e Social da Amazônia – ISSAA, em parceria com a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa). Fica localizada na avenida Mário Covas e dispõe de 104 leitos de internação.