Perspectivas da Redução de Danos

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Olá, nos chamamos Frances Andreeti e Ariani Gambini, acadêmicas do 4° semestre do curso de graduação em Psicologia, pela Faculdade Integrada de Santa Maria/FISMA. Nosso post faz parte da disciplina de Introdução à Psicologia da Saúde orientada pelo professor Douglas Casarotto de Oliveira.

Somos iniciantes no assunto, no entanto, iremos falar de acordo com nossas observações em sala de aula e enquanto extensionistas no Projeto: “O cuidado na Rede de Atenção Psicossocial”, em outra instituição. O artigo que será utilizado como referência de nosso estudo faz parte do livro caderno humanizaSUS (2015): “Reduzindo Danos e Ampliando a Clínica: Desafios para a Garantia do Acesso Universal e os Confrontos cm a Internação Compulsória / Tadeu de Paula Souza e Sérgio Carvalho”.

Conforme o texto, inicialmente a Redução de Danos surgiu com a ideia de trocas de seringa, diante das contaminações de hepatites virais causadas pelo compartilhamento das seringas entre usuários de droga. E com a epidemia de HIV/aids a Organização Mundial da Saúde (OMS) incluiu as estratégias de Redução de Danos (RD) no repertório de ações de combate a esta epidemia. Diante desse contexto, também surgiram as possibilidades de falar sobre questões como uso e sobre os desejos dos usuários de drogas, conciliando com estratégias para o cuidado de si e dos outros.

A redução de Danos trouxe um olhar singular para questões de uso de drogas, desde a relação que o usuário constrói com o uso e como as tecnologias de “poder” enxergam esse usuário como sendo criminoso, perigoso e doente. Possibilitar aos usuários falarem sobre seu uso, é possibilitar um entendimento e um cuidado compartilhado, pessoas com problemas de uso desorganizado de drogas podem falar o que pensam, sentem e ao que associam sobre seu uso.

Historicamente a criminalização e a condenação de usuários de drogas geralmente esteve presente nos processos de cuidado em saúde, e a redução de danos vem numa perspectiva de rompimento e mudanças de pensamento quando ela potencializa o próprio usuário a se colocar como protagonista para pensar esse cuidado em saúde.

Portanto, pensar em Redução de Danos vai além do uso em si, vai de acordo com os modos de vida, singularidade de cada pessoa, condições socioculturais e econômicas.  A Redução de Danos “constitui vínculos afetivos suficientemente consistentes para que a vida que se expressa na relação com as drogas possa criar novas regras que podem ou não incluir as drogas”. (SOUZA, 2015).

SOUZA, T. P.; CARVALHO, S. Reduzindo Danos e Ampliando a Clínica: Desafios para a Garantia do Acesso Universal e os Confrontos cm a Internação Compulsória. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. Saúde Mental / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. – Brasília : Ministério da Saúde, 2015