Às vezes sinto vergonha de dizer que sou médico. Hoje em dia, só consigo porque sou palhaço.
Desde o primeiro dia da faculdade os veteranos te contam que vc é privilegiado e muito melhor que o resto da humanidade (na FMUSP, esse delírio de grandeza chega a níveis críticos).
15 anos de formado e agora sei que era verdade. Muitos foram direto para o mundo particular e assumiram seus postos próximos do topo da pirâmide. O mais triste é ver quem foi para o sistema público e como o poder e a posição de chefe/a privilegiado/a destrói a busca por humanidade e a ética.
A medicina pública é feita para gados, para manadas, “fodam-se as pessoas, o que importa é que digam que eu sou o máximo dentro da minha bolha”. O Poder é a droga que mais vicia. Nós médicxs temos forte tendência a se viciar em PODER, adoramos privilégios. Que merda!!!
(Flávio Falcone)
Por Emilia Alves de Sousa
Oi Raphael,
Achei interessante a fala do médico Flávio Falcone e fiquei curiosa para saber mais sobre ele e descobri essas informações, que ele além de palhaço e também é bailarino e que criou o Coletivo AmarGen, onde utiliza a arte como ferramenta de cura. Acredita que a alegria é um poderoso remédio e que o amor por todas as coisas é o centro de qualquer arte. O Coletivo é formado por artistas profissionais (palhaços, atores, bailarinos e músicos) e alunos do Projeto. Que massa!
Compartilho aqui um link que traz um pouco do trabalho dele. Muito lindo.
https://www.youtube.com/watch?v=AxYlQbBXv5w&fbclid=IwAR0GjQTBA_qI_CmfJYPMSsoMeY7sDJIPPqPExaBMs1er_X_-vhfwEwxlXxs
Obrigada pela postagem que deu visibilidade ao lindo trabalho desse médico psiquiatra, que tem um modo diferenciado de cuidar, que resgasta os princípios da humanização.
AbraSUS
Emília