Processos de Trabalho em Saúde e Humanização para Coleta de Papanicolaou.
A coleta do exame citopatológico, popularmente conhecido como Papanicolau, é uma das competências privativas do profissional de enfermagem, biomédicos e médicos. A função do biomédico no exame Papanicolau é realizar a coleta de citologia cérvico – vaginal, realizar a leitura de citologia do raspados e aspirados das lesões e cavidades corpóreas, bem como assumindo responsabilidade técnica, firmando os respectivos laudos.O principal objetivo do exame é a prevenção e o rastreamento do câncer de colo de útero, em estágio precoce ou anormalidades das células que podem estar semelhantes ao desenvolvimento do tumor. Dessa maneira são coletadas células da ectocérvice e da endocérvice, que são extraídas por raspagem do colo do útero, e posteriormente é analisado em laboratório, por um biomédico e ou bioquímico a fim de identificar a presença do HPV (papilomavírus humano), herpes, infecções vaginais causadas por fungos, como a candidíase ou por protozoários, como o Trichomonas vaginalis. Lamentavelmente, muitas mulheres não realizam o exame por vergonha e até mesmo por medo de um possível diagnóstico positivo.
Muitas mulheres temem o exame ginecológico, por se sentirem vulneráveis e invadidas em sua intimidade, evitando-o ao máximo. Esta situação tira dos profissionais da saúde a capacidade de prevenir doenças e agravos precocemente. O profissional de saúde, ao realizar a coleta tem que ficar atento à técnica, ao acolhimento e às orientações, pré e pós-exame. Existe uma preocupação dos gestores das ESFs em relação à capacitação da equipe Interprofissional. Conhecimentos, Habilidades e Atitudes PRECISAM ser foco da reflexão na Ação. A Política Pública da Educação Permanente é potente em melhorar as práticas dos Serviços de Saúde nas ESFs, pois parte das dúvidas dos trabalhadores da Saúde. Existem tópicos de humanização, que precisam ser abordados com a Equipe Interdisciplinar da ESF, para que esta mulher se sinta o mais confortável possível com a finalidade de se estabelecer um vínculo efetivo entre a Equipe e a Usuária do SUS, para que ela possa se sentir segura, além de ter a oportunidade de esclarecer suas principais dúvidas relacionadas à prevenção do câncer ginecológico. Em nossa vivência prática, percebemos como é importante o acolhimento da mulher no Serviço Público de Saúde. As pacientes referiram, nas entrevistas realizadas que ficam tensas, antes, durante e depois do exame de Papanicolaou.
Diante disso, percebemos como é importante a prática do acolhimento, antes e durante a realização da Coleta Citopatológica, e que os atendimentos devem ser humanizados nos serviços de saúde para possibilitar e criar vínculo de respeito e confiança entre a Equipe e a Usuária do SUS.
Referências:
Barreiras à realização do exame Papanicolau: perspectivas de usuárias e profissionais da Estratégia de Saúde da Família da cidade de Vitória da Conquista-BA.
Disponível em:
https://www.google.com/url?sa=t&source=web&rct=j&url=https://www.scielosp.org/scielo.php%3Fpid%3DS0103-73312015000200359%26script%3Dsci_arttext&ved=2ahUKEwiu2rOLuu3lAhVVHbkGHXhwBusQFjADegQIAhAB&usg=AOvVaw1vbcz2bRYjyPYhGT31rFvR
Consulta em 15/11/ 2019 às 21h 19min.
Por Alex Wander Nenartavis
Parabéns ao acadêmico Paulo Henrique Marques Franco. Muito interessante essa abordagem biopsicossocial na Coleta do PAPANICOLAOU.
Excelente iniciativa de fazer educação em Saúde na pré e na pós coleta de Colpocitologia Oncológica !
Viva o SUS !