Projeto AcolheSUS no HEDA realiza a sua 2ª Oficina para construção do plano de intervenção

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Nos dia 26 e 27.04.2018, o Hospital Estadual Dirceu Arcoverde-HEDA realizou a sua 2ª oficina do Projeto AcolheSUS, tendo como objetivo  a identificação de pontos críticos, delimitação de problemas e proposição de ações de melhorias para a elaboração do plano de intervenção em consonância com a realidade do campo de atuação e da realidade loco-regional.

O evento contou com a participação de gestores e profissionais do HEDA que compõem o grupo GEL, dos técnicos da SESAPI que compõem o grupo GEE, e da Enfermeira Ailana Lira, referência  técnica do MS que vem acompanhando/monitorando a implantação do Projeto no Estado.

No primeiro momento cada participante expressou o que trouxe para o evento,  registrando em  tarjetas os seus sentimentos e as motivações, colocadas no centro da roda. Dentre as diversas falas, destaco aqui: “ desejo de mudanças “; “desejo de aprender com o coletivo”; “abertura para o novo”; “confiança na potência do coletivo”; “Disponibilidade”; “motivação e troca de saberes”.

Ailana Lira fez um breve resgate sobre a adesão do HEDA à proposta do Projeto AcolheSUS,  que é a qualificação do cuidado a partir do acolhimento na porta de entrada dos serviços de urgência.

Na sequência foi debatido o fluxo do acolhimento dos usuários no HEDA, a partir de uma dramatização pelos profissionais, que expuseram os pontos críticos do atendimento na porta de entrada do Pronto Socorro (PS).

Foram delimitados os problemas encontrados na matriz que foi qualificada na oficina anterior. Ailana propôs como método para a organização do fluxograma, o uso do Diagrama de Ishikawa, uma ferramenta que ajuda a pensar as causas dos problemas para chegar aos efeitos/impactos deles.

O problema priorizado nessa segunda oficina para pensar as melhorias necessárias no PS foi a  “superlotação e a permanência demorada do usuário.”

O método aplicado disparou uma chuva de ideias dos participantes, que através de tarjetas pontuaram  causas e efeitos. Identificadas as causas e os efeitos do problema levantado, foram pensadas as melhorias necessárias para as mudanças no PS, dentre elas: redefinição do Núcleo Interno de Regulação (NIR) de acordo com a equipe mínima exigida; instituição /implantação da regulação de leitos; construção/validação de protocolos de admissão e de alta no PS; capacitação de profissionais para construção do plano de comunicação efetiva; instituição da reavaliação médica do paciente; resgatar e mapear os protocolos clínicos de acordo com as necessidades do PS; conhecer os contratos do hospital com as clínicas responsáveis pela realização dos exames laboratoriais e radiográficos que não são feitos no próprio hospital, e reavaliar os prazos de entrega dos resultados; definição de encontros  periódicos com a equipe multidisciplinar para estudo de casos clínicos, tendo em vista a agilidade do tratamento e da alta; constituir o colegiado gestor do hospital, tendo em vista a cogestão e democratização das tomadas de decisões.

Dentre as contribuições do Grupo GEE nas discussões destaco dois questionamentos importantes: a equipe local conhece os níveis de responsabilidades do HEDA na rede? Há parceria efetiva com os hospitais de retaguarda? Tais questões se desdobraram em potente reflexão acerca das dificuldades de organizar os fluxos para dentro e para fora do Hospital, justificando grande parte dos problemas vivenciados no serviço.

Finalizando, foram agendados e pactuados os próximos encontros para continuidade da construção do plano.

Na avaliação dos participantes a oficina representou: “avanço nos processos de trabalho”; “muitos desafios pela frente”;  “mais motivação no trabalho”; “ajudou a organizar as ideias”; “pluralidade e singularidade”; “trabalho em equipe”; “o caminho é árduo mas temos que trilhá-lo”.

aco