RELATO DE EXPERIÊNCIA: DISCUSSÃO SOBRE SAÚDE INDÍGENA.

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Olá, estimados companheiros(as) da Rede HumanizaSUS.

Segue o relato de um trabalho elaborado por discentes do 4º semestre do curso de Psicologia, da Universidade Federal da Grande Dourados, como atividade avaliativa para a disciplina de Psicologia da Saúde II.

No dia 22/11/19, sete estudantes tiveram o desafio de falar sobre saúde indígena de forma dinâmica e criativa, incentivando a participação dos demais colegas de turma e fomentando discussões sobre o fazer da psicologia no contexto da saúde indígena. Para isso, as carteiras foram dispostas em formato de roda e os participantes do grupo se espalharam pela roda.

Coordenaram esta atividade Bárbara Battistotti, Gabriel Tognon, Gabriely Coene, João Henrique de Castro, Luma Ortega, Marcos Eduardo Moreira e Rayssa de Oliveira do 4º período do curso supracitado.

Tais estudantes passaram, inicialmente, um material audiovisual da 10º Grande Assembleia Terena (https://www.youtube.com/watch?v=EO9_JqGdrVc) e escreveram na lousa a seguinte pergunta, retirada do documento final da VII Kuñangue Aty Guasu (Grande Assembleia das Mulheres Kaiowá e Guarani): Que tipo de saúde você, profissional, leva para os territórios indígenas? Para um povo com língua, cultura e tradições diferentes? Para que, no decorrer da discussão, tentassem, junto à sala, refletir sobre o vídeo e sobre a pergunta.

Com todo o grupo, discutiram sobre dados estatísticos gerais da FUNAI sobre a população indígena brasileira e sul-mato-grossense. Após isso, apresentaram a diferença entre saúde indígena e saúde indigenista.

Foram discutidos o funcionamento da SESAI e as dificuldades enfrentadas pela mesma no cenário político atual, tratando de assuntos mais específicos do território onde vivem os Guarani, Kaiowá e Terena, no cone sul do Mato Grosso do Sul, como a luta recente pela criação de mais um DSEI.

Também fomentaram discussões coletivas sobre o posicionamento ético-político na atuação com povos os indígenas, a necessidade de criação de uma relação de respeito e troca, e de considerar como legítimas as necessidades e especificidades destes grupos, além de, sempre, mesmo num contexto distante, auxiliar na superação do preconceito, na conquista de justiça e de equidade social.