Olá pessoal!
A dupla de internos do 9° período do curso de medicina da Universidade Federal de Alagoas que teve a oportunidade de estagiar no CAPS Casa Verde, localizado em Maceió-AL, foi formada por Eduardo Filho e Larissa Evelyn. Dito isso, vamos aproveitar esse espaço para relatar sobre nossa experiência nesse estágio que sem dúvidas marcou positivamente nossa formação enquanto profissionais da saúde.
A principal vantagem, e talvez, a mais interessante, seja a premissa de ter contato com os usuários sem a pretensão inicial da medicina, sem roupas que nos diferenciasse, como pijamas ou jaleco, assim nos colocamos mais acessíveis, permitindo inclusive que os usuários perguntassem quem éramos, sem pressupor a partir das nossas roupas. Dessa forma, acredito que conseguimos nos aproximar dos usuários de uma maneira mais igualitária.
Vivenciamos a relevância do trabalho em equipe multiprofissional. O contato direto com usuários e a interação com diversos profissionais, da psicologia, enfermagem, terapia ocupacional, psiquiatria e outros, evidenciaram a importância de abordagens que vão além da consulta médica tradicional.
Durante essa vivência, atividades como rodas de dança mostraram-se cruciais para a melhoria da qualidade de vida dos usuários, enfatizando que momentos de descontração e socialização podem ser determinantes para o cuidado. A troca de experiências durante a reunião de equipe permitiu uma compreensão mais ampla das necessidades dos pacientes, resultando em planos de cuidado personalizados e assertivos. O grupo de autocuidado mostrou a importância na vida dos usuários de conceitos que temos como básicos durante a nossa formação, como a prevenção do câncer de mama e a pirâmide alimentar.
A integração de saberes e a escuta ativa foram fundamentais para criar vínculos significativos com os usuários, favorecendo sua reintegração social. A experiência no CAPS não apenas enriqueceu a formação técnica, mas também reforçou a importância do olhar atencioso e da colaboração contínua no tratamento, impactando positivamente a nossa futura prática profissional.
Por Sérgio Aragaki
É muito bom perceber quando a clínica se amplia, o olhar e as práticas se ampliam, para além de sintomas, diagnósticos, problemas. Assim deve ser o cuidado antimanicomial, assim é o exercício da saúde ampliada. Reconhecer e buscar intervir na determinação social do processo saúde-doença, sabendo que muitas vezes a saúde é a resultante de superar vulnerabilidades, de afirmar e fortalecer potencialidades. Seguimos na defesa do cuidado em liberdade!
AbraSUS!