Resenha Crítica: “A Arte (En) Cenas: Humanização e loucura”

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Meu nome é Giovane Menegassi Moutinho,aluno do quarto semestre de psicologia da Fisma
E deixo aqui uma breve reflexão sobre o artigo “A Arte (En) Cenas: Humanização e loucura”, é uma peça reflexiva que integra o “Caderno HumanizaSUS –Volume 5- Saúde Mental”

A loucura é uma multiplicidade de expressões singulares que desafiam as normas da sociedade.
O artigo em foco emerge como um veículo transversal que discorre sobre a importância da arte como ferramenta terapêutica e de emancipação para indivíduos que vivenciam transtornos mentais.Evidenciando a capacidade transformadora da arte no contexto da saúde mental, ressignificando discursos estigmatizantes e promovendo a inclusão social.

Destaca-se que a abordagem interdisciplinar presente no artigo proporciona uma reflexão profunda sobre as práticas de humanização no campo da saúde mental, ressaltando a necessidade de um olhar sensível e empático por parte dos profissionais de saúde. Ademais, a conexão com a reforma psiquiátrica e a luta antimanicomial no Brasil reforça a urgência de práticas mais humanizadas e inclusivas no cuidado em saúde mental.

Contudo, seria relevante uma maior problematização acerca dos desafios e limitações na implementação efetiva de práticas artísticas no cotidiano dos serviços de saúde mental, a fim de identificar estratégias que potencializam a utilização da arte como meio de expressão e cura. Além disso, a discussão sobre a sustentabilidade e expansão dessas práticas no contexto atual da saúde mental brasileira poderia enriquecer ainda mais o debate proposto pelo artigo.

Em suma, o artigo “A arte (em) cenas: humanização e loucura” se destaca como uma contribuição significativa para o campo da saúde mental, fomentando reflexões acerca do papel da arte na promoção da humanização e na desconstrução de estigmas relacionados à loucura. Sua abordagem contextualizada e crítica convida à construção de práticas mais inclusivas e respeitosas, reiterando a importância da sensibilidade e da criatividade no cuidado com indivíduos em sofrimento mental.