RODA DE CONVERSA COM PACIENTES HIPERTENSOS E/OU DIABÉTICOS DE UMA UNIDADE DE SAÚDE DA FAMÍLIA: IMPORTÂNCIA DO AUTOCUIDADO

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Shirleide Martins Cavalcante de Morais – Enfermeira / Farmacêutica / Preceptora/Funcionária pública. Aluna do Mestrado Profissional em Ensino na Saúde (MPES) FAMED /UFAL.

Coordenadores da Disciplina de Humanização da Saúde do MPES-FAMED/UFAL:  Profº Dr. Sérgio Seiji Aragaki  e Profª Drª Cristina Camelo de Azevedo.

 

Compartilhando com vocês com muito prazer mais uma roda de conversa, esta ocorreu no dia 21/05.  Desta vez a temática foi sobre” A importância do autocuidado a portadores de hipertensão arterial sistêmica e/ou diabetes mellitus.” A mesma contou com a participação de alunos de Medicina do 2º período da Universidade Tiradentes /UNIT, a preceptora da instituição e alguns profissionais da unidade de saúde como agentes comunitários de saúde, técnicos de enfermagem, assistente social, enfermeira.

Assim ficou organizada a roda:

1. Usuários hipertensos e ou diabéticos cadastrados na Estratégia de saúde da família que foram convidados pelos agentes comunitários de saúde;

2.  Ofertado aferição da pressão arterial;

3. Agradecimento pelo comparecimento e apresentação da facilitadora e dos alunos.

4. Explicação a dinâmica da roda para que todos pudessem prestar atenção, esclarecer dúvidas, compartilhar vivências, etc.

5.  Palestra acerca da temática hipertensão e diabetes com atualizações, tratamento, complicações, importância de hábitos saudáveis (momento teórico).

6. Momento prático: histórias de como convivem com essas doenças, dificuldades na adesão ao tratamento, dicas sobre algumas rotinas, etc,

7.  Lanche coletivo e saudável.

Nas rodas de conversa os sujeitos trocam experiências, se expressam, num espaço de construção e reconstrução de saberes, socialização, possibilitando a reflexão. A roda teve como objetivos promover a co-responsabilização dos participantes (autocuidado) enquanto responsáveis pela sua vida; ampliar o conhecimento da população sobre Hipertensão arterial sistêmica (HAS) e Diabetes mellitus (DM) seus riscos e complicações, incitar a adesão ao tratamento e estimular as práticas de hábitos saudáveis, verificar se os mesmos aderiam ou não ao tratamento medicamentoso e quais as dificuldades que possuíam com relação a isso.

Durante as rodas, os sujeitos fazem reflexões acerca de suas vidas, contam histórias e fatos de si mesmos e de outras pessoas de seu convívio (vizinhos, colegas, familiares, etc), intensificando o compartilhamento de saberes.

      

 

 

      

       

Após apresentados os conceitos de saúde as perguntas norteadoras foram “Como você cuida de sua saúde e como convive com sua(s) doença (s)? Tais perguntas foram pensadas para problematizar o modelo de cuidado centrado apenas na medicalização e intervencionismo e promover a reflexão sobre o conceito ampliado de saúde, implicando em qualidade de vida e bem-estar como fatores preponderantes na manutenção da saúde física e mental.

Para os alunos a participação na estruturação e condução do grupo foi uma importante oportunidade de vivência do trabalho interdisciplinar no cenário da atenção básica, proporcionando a introdução acadêmica neste contexto, assim tendendo a familiarizá-lo com a compreensão da complexidade das relações e das instituições humanas, integrando a teoria, o ensino e a prática.

Para as participantes a roda proporcionou uma maior vinculação com a unidade de saúde, uma maior valorização pessoal e conscientização da importância do autocuidado.

A prevenção e o controle da hipertensão arterial e do diabetes são ações prioritárias na Atenção Básica. Para a hipertensão estão previstas: ações educativas para controle de condições de risco (obesidade, sedentarismo, tabagismo) e prevenção de complicações, diagnóstico de casos, cadastramento de portadores, busca ativa de casos, tratamento dos doentes, diagnóstico precoce de complicações e primeiro atendimento de urgência (BRASIL, 2005).

Para o diabetes estão previstas medidas preventivas e de promoção da saúde (ações educativas sobre condições de risco (obesidade, sedentarismo); ações educativas e de apoio para prevenção de complicações (cuidados com os pés; orientação nutricional, etc) diagnóstico de casos, monitorização dos níveis de glicose sanguínea e diagnóstico precoce de complicações, primeiro atendimento de urgência, encaminhamento de casos. Essas são as principais ações desenvolvidas na rede de atenção básica do SUS (BRASIL, 2005).

                

Para visualizar (interessante):

https://aps.bvs.br/aps/como-deve-ser-o-seguimento-dos-pacientes-hipertensos-pela-equipe-de-saude-da-familia/

Referências Bibliográficas:

BRASIL. Ministério da Saúde. A vigilância, o controle e a prevenção das doenças crônicas não-transmissíveis : DCNT no contexto do Sistema Único de Saúde brasileiro / Brasil. Ministério da Saúde – Brasília : Organização Pan-Americana da Saúde, 2005. 80.

________. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Análise de Situação de Saúde. Plano de ações estratégicas para o enfrentamento das doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) no Brasil 2011-2022

CARVALHO, Viviane Lemes da Silva; CLEMENTINO, Viviane de Queiroz; PINHO, Lícia Maria de Oliveira. Educação em saúde nas páginas da REBEn no período de 1995 a 2005. Revista Bras Enferm, v. 61, n. 2, p. 243-248, 2008. Disponível em: https://www.scielo.br/pdf/reben/v61n2/a16v61n2.pdf.

OMS ( Organização Mundial da Saúde) – Cuidados inovadores para condições crônicas: componentes estruturais de ação: relatório mundial. Brasília (DF): OMS; 2003.