Roda de conversa: “falando sobre a PNH”

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Relato de experiências
Everson Dos Santos Melo 09/07/2018

Trabalho realizado na disciplina Humanização da Saúde, do Mestrado Profissional de Ensino na Saúde, da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Alagoas (MPES-FAMED-UFAL).

Autoria:

Everson dos Santos Melo (Psicólogo CRP 15/3657/ Coordenador NASF da Sec. Mun. Saúde Palmeira dos Índios/, Mestrando em Ensino na Saúde – MPES-FAMED-UFAL)

Sérgio SeijiAragaki (coord.) – MPES-FAMED-UFAL

Cristina Camelo de Azevedo (coord.) – MPES-FAMED-UFAL

 

A roda de conversa foi realizada no dia 05/06/18 com doze profissionais das equipes do NASFAb (núcleo ampliado de saúde da família e atenção básica) do município  de Palmeira dos Índios – AL.

A realização dessa roda foi pactuada ao final da primeira roda de conversa realizada no mês anterior sobre “O trabalho no SUS e a humanização na saúde”, onde, ao final,  foi proposto pelos profissionais que esses momentos se tornassem periódicos.

Como no primeiro momento  foi iniciada uma breve discussão sobre a PNH, ficou definido, pelo grupo, que nesta roda  se conversaria mais sobre a política, tendo esta sido lida previamente pelos participantes.

A roda foi iniciada com um breve resgate do que ocorrera no primeiro momento, bem como das pactuações feitas, uma vez que agora havia profissionais que não tinham participado da primeira roda. Em seguida, foram colocados em discussão o (s) conceito(s) de humanização, evidenciando a perspectiva trazida pela PNH.

Também foram discutidos os pressupostos que fundamentaram a criação da PNH, seus princípios, método, diretrizes e dispositivos. Cada profissional trouxe seu ponto de vista acerca desses aspectos, com base na leitura realizada e nas experiências cotidianas. A partir dessa exposição de diferentes opiniões sobre a PNH, surgiram entendimentos sobre sua importância, mas também dúvidas sobre como colocá-la em prática.

O grupo, então, foi compartilhando suas idéias e (re) construindo algumas compreensões, refletindo sobre possibilidades reais e concretas para efetivação do que é proposto na PNH e, principalmente, sobre a importância desse espaço de escuta e discussão no contexto do trabalho como potente dispositivo para mudanças.

O encontro foi encerrado com a avaliação positiva dos participantes, que consideraram o momento importante para sua formação/atuação no SUS. Por fim, foram negociados o dia, hora, tema para ser discutido e o responsável para coordenar  a próxima roda de conversa, a ser realizada no mês seguinte.

 

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4 Comentários

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Por Emilia Alves de Sousa

Oi Everson, excelente iniciativa e relato.

Criar espaços na academia para discutir sobre a PNH, e as possibilidades de concretude de seus princípios e diretrizes nas práticas de saúde, sem dúvida, corrobora para uma formação qualificada com um impacto mais positivo nas intervenções profissionais.

AbraSUS!

Emília

Por Marcia Moraes Arruda

Discussão pertinente. Ha alguns anos, trabalhando numa unidade basica de saúde de Maceió, partivipei de algumas reuniões sobre a PNH. Na ocasião as reuniões não tinham esse formato de rodas de conversa e aos poucos foi tomando um rumo de desabafo devido as angustias constantes dos servidores e como os condutores das reuniões não possuiam governabilidade para das redpostas a essas angustias, o grupo foi se diluindo e perdendo o interesse na discussão. Hoje, mas amadurecida quanto ao tema, percebo que essa estratégia de discutor a PNH, envolve todo o grupo numa troca de saber que torna-se inviável cobrar respostas dos que estão ali no mesmo “barco”. A co – responsabilizaçao fica mais evidente e o fortalecimento das discissoes e da proposta coletiva também. Considero a discussão desse tema em rodas de conversa muito eficaz e frutífero. Compartilher essa experiência pontuando a diferença na forma de trabalhar e acreditando que assim a possibilidade de dar certo é sempre maior!
Parabéns pelo trabalho!

Por Maria Izabel

Olá Everson,
Parabéns por sua roda, é sempre muito proveitoso quando abrimos esses espaços para a discussão sobre a PNH, que é uma política transversal, entendida como um conjunto de princípios e diretrizes que se traduzem em ações nos diversos serviços, nas práticas de saúde e nas instâncias do sistema, caracterizando uma construção coletiva. Há um pouco mais de uma década a PNH fomenta mudanças na atenção e na gestão ao convidar os sujeitos envolvidos a (re)pensar e intervir no cotidiano da saúde pública brasileira.
AbraSUS!

Por patrinutri

Que importante a continuidade destes encontros! Muito bom saber que há pessoas debatendo esta política pública que tem o propósito de fortalecer os princípios do SUS.
O grande desafio da aplicabilidade da PNH, como política pública, tem sido promover espaços de gestão que favoreçam a democratização e a participação efetiva de todos os envolvidos. Rodas de conversa como esta são a grande raiz destes espaços.
AbraSUS, Patrícia