RODA DE CONVERSA: UMA REFLEXÃO SOBRE OS DIREITOS DOS USUÁRIOS DA SAÚDE.
Por Valéria Antônia Pereira
DISCIPLINA HUMANIZAÇÃO NA SAÚDE DO MESTRADO PROFISSIONAL DE ENSINO NA SÁUDE-MPES-FACULDADE DE MEDICINA -FAMED-UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS-UFAL
AUTORES: Valéria Antônia Pereira – Docente UNIT/ESTÁCIO-FAL
Márcia Andréa Reis Silva-Enfermeira HGE-SESAU/UDA Divaldo Suruagy-SMS-Maceió
Rosário de Fátima Alves de Albuquerque -Enfermeira HGE-SESAU/MESM-UNCISAL
Prof. Dr. Sérgio Seiji Aragaki e Profa. Dra. Cristina Camelo de Azevedo
Coordenadores da Disciplina -Humanização na Saúde -MPES-FAMED-UFAL
O tema dessa roda de conversa, foi um produto da roda sobre PNH (realizada no dia 16 de maio de 2018).O grupo que participou dessa roda foi o mesmo da roda anterior: 10 discentes de Enfermagem do 5º ao 10º período, de uma Instituição de Ensino superior -IES- privada, em Maceió,convidados de forma aleatória. O tema para essa roda emergiu da discussão fomentada pelos próprios alunos no encontro anterior.Como material para consulta prévia,foram disponibilizados: a Carta dos Direitos dos usuários de saúde e a Cartilha da PNH,para que os participantes pudessem entrar em contato com o tema. Iniciamos a roda com a palavra DIREITO, escrita no quadro branco como disparador da discussão,em seguida a questão norteadora lançada ao grupo foi: Quando lemos essa palavra isso nos remete a?, a partir desse momento muitas outras palavras surgiram: autonomia, garantia,respeito, liberdade ,cidadania e dever,o diálogo começou a tomar forma quando os alunos perceberam a conexão dessas palavras com questões como direitos básicos como a saúde, a vida,a alimentação.Foi possível observar nos discurssos a compreensão do grupo que muitas vezes os direitos não são garantidos pela cultura em que nossa sociedade foi formatada,um dos participantes nos lembrou de como o usuário na maioria das vezes coloca o serviço de saúde como um mero favor.A conversa foi aprofundada com um novo questionamento: E o que cada umde nós tem feito para a garatia dos direitos ? cada um em seu contexto de atuação? Enquanto estudante ou estagiário de enfermagem ,enquanto docente, enquanto profissional e enquanto cidadão?Por um momento ficamos em silêncio,talvez por que esses questionamentos nos levam a refletir sobre o que fazemos ,como fazemos e para quem fazemos em nosso cotidiano.Isso nos permitiu refletir sobre o discursso sem a prática.Um dos participantes se sentiu a vontade para contar sua experiência em uma comissão para Redução de danos da qual faz parte,junto a eles outros atores como gestores da sáude ,da área do direito compõem essa comissão,ele relatou o quanto ainda não garantimos os direitos dos usuários de drogas e como se sente uma gota no oceano em relação a seu poder de resolução,mas o grupo saiu em discussão sobre o tema e conclui-se que o fato de haver espaço como essa comissão para que haja discussão sobre o tema e pensar na possibilidade de se desenhar uma rede de assistência no Estado de Alagoas é muito garantia dos direitos desses usuários .Em seguida o grupo quis fazer uma leitura dialogada sobre a cartilha dos direitos dos usuários de saúde,um momento em que foi possível associar os princípios a possíveis mudanças de cenários. Ao final fizemos uma reflexão do que foram esses momentos de rodas , os participantes demonstraram em suas falas o quanto é importante esses momentos fora do contexto de sala de aula,pois a roda tem a capacidade de aproximar os indivíduos e fornecer ambiente aberto a demonstração de várias forma de pensar,relataram também o quão é mais profundo os temas da PNH,já propondo uma nova oportunidade de encontro. À partir desse interesse está em processo de maturação um projeto de extensão com o tema PNH a ser proposto para IES,a fim de proporcionar atividades que favoreçam a disseminação e produção do conhecimento sobre a PNH.
Por Marcia Moraes Arruda
Muito Boa iniciativa. Quandonos deparamos com profissionais atuando nos diversos serviços de saúde, percebemos a fragilidade quando se trata da questão dos direitos dos usuários em saúde pública e isso se deve, em sua maioria, as diversas prioridades das IES, que nem sempre aprofunda as questões relacionadas ao SUS numa real articulação Teoria/prática.