Seminário de Humanização da Saúde: Ambiência

Momento impar, onde podemos aprofundar nossos conhecimentos,discutir nossas vivências e vislumbrar possibilidades de atuação em nossa prática.
Para fomentar o tema segue o link da rádio SUS,onde se faz um relato de experiência sobre o tema:

https://www.youtube.com/watch?v=-75LFDNPqGs

Oi Márcia, muito bacana a metodologia usada na provocação do debate sobre a ambiência, uma das importantes diretrizes da PNH que potencializa a humanização das práticas de trabalho.
Pensar a ambiência na saúde é pensar não só na estética, mas na capacidade resolutiva dos espaços, e na possibilidade dos encontros entre os sujeitos envolvidos nos processos de trabalho. Já pensou numa unidade de saúde sem salas que possibilitem as reuniões de trabalho, as atividades de lazer dos trabalhadores e dos usuários? Trabalho num hospital com muita carência de espaços para as atividades em grupo, e isso traz uma certa dificuldade para algumas atividades das equipes. Às vezes temos que nos reunir nos corredores para as problematizações dos processos de trabalho. Temos apenas três espaços de reuniões, os quais ainda são compartilhados com os profissionais perceptores de acadêmicos que estagiam no hospital.
“A construção do espaço deve propiciar a possibilidade do processo reflexivo, garantindo a construção de ações a partir da integralidade e da inclusão, na perspectiva da equidade” (cartilha Ambiência/MS, 2010)
Valeu pela importante postagem!
Abraços!
Emília

Olá!
A metodologia usada por vocês desde 1° movimento despertou para a importância dessa diretriz da PNH em nossa prática diária. Logo, percebemos que a Ambiência vai muito além de uma arquitetura moderna, ou seja refere -se a importância dada ao espaço físico como social,criativo, profissional e acima de tudo que fomente relações interpessoais saudáveis de atenção, acolhimento e resolutividade para os diferentes sujeitos implicados no processo de produção de saúde.
Parabéns pelo POST!

Olá Márcia, Rosário e Valeria,
Esse dia foi realmente muito proveitoso, pois levou a discussão um assunto tão importante como esse “Ambiência”, que ao meu vê muitas vezes negligenciado. Falar sobre ambiência é muito mais do que interferir num espaço físico vai além da arquitetura prescritiva, que diz o que pode ou não ser feito. Discutir sobre esse tema é tentar melhorar espaços de trabalho e de convivência entre os sujeitos, trazendo mas conforto no seu dia à dia.
Até o próximo encontro!

Desde o momento que iniciamos a Disciplina de Humanização da Saúde , algo passou a ser bem mais inquietante dentro de mim. Lembro-me dos meus primeiros plantões onde era proibido dormir, tínhamos direito apenas 1 hora de descanso sentada com a cabeça debruçada sobre a mesa ou posto seco. O supervisor fazia questão muita vezes de nos humilhar se fôssemos pega em sono profundo. Você poderia até ser demitida, e tentando relacionar isso ao tema Ambiência, cujo seminário participei enquanto aluna e do MPES e membro do grupo, reflito no aspecto em como a ambiência tem haver com as relações de trabalho. Que bom que as coisas mudaram , hoje temos garantido um espaço de descanso: um quarto com cama, ar condicionado , banheiro, as vezes exclusivo para “feminino” e “masculino”, alguns com TV, internet, telefone, armário,etc..alguém na engenharia e arquitetura também ganhou esse espaço para se fazer presente na equipe … e assim segui minhas reflexões do tema ambiência, somente por ter somado tanto tempo de experiencia na profissão, sei o quanto as coisas mudaram e pra melhor. É claro que essa não é a questão a ser discutida, é assim que estou, desde que descobri que a ambiência não e só as paredes pintadas coloridas, plantas e quadro, brinquedoteca, copa, sala de repouso, um som ambiente, um cheiro agradável ou uma TV digital em cada Ala. Sim, sim ambiência não é só isso. É poder vê os profissionais comprometido com o bom atendimento ao usuário , é a co-gestão das idéias, é a satisfação do usuário em saber que pode voltar para aquele serviço como uma referência e não como uma ameaça a sua vida. É poder ouvir “manchete do bem ” daquele lugar que cuida de vidas humanas, é clicar e curtir nos avanços tecnológicos que podemos ter na saúde, é não ver as pessoas que trabalhamos fazer “cara feia” pra roda de conversa sobre o Humaniza SUS, é acreditar que temos muito a fazer no SUS que pode dá certo, e continuar com as minhas inquietudes provocada pelas leitura da PNH, suas diretrizes e propostas , ficar buscando como estou, algo que eu ainda possa da retorno por uma Ambiência transformadora, espaço social das relações com meu trabalho, colegas de trabalho, gestores e usuário e minha própria realização profissional.

Falar em ambiência é pensar nos espaços de acolhimento para usuários e trabalhadores, que vise a produção de subjetividades e que possa ser facilitador dos processos de trabalho e a produção da saúde.É pensar nos espaços de encontros entre os sujeitos e que estes, possam refletir esses processos e estabelecer ações a partir da integralidade e da inclusão como preconiza a PNH! Avante Marcinha!

Fazer parte da roda de conversa sobre AMBIÊNCIA durante a aula do mestrado na disciplina de humanização, me fez refletir muito sobre o tema. Antes, quando ouvia esta palavra, apenas relacionava a ambientes agradáveis, limpo, bonito, arejado, organizado, etc…
Hoje, entendo que ambiência é muito mais, e que passa a ser reconhecida como uma Política Nacional de Humanização no SUS.
Pensar em ambiência, é pensar num espaço saudável e acolhedor entre os trabalhadores, os usuários e os gestores. São mudanças no modo de atenção e de gestão, é o respeito ao próximo, é um atendimento digno na saúde, são mudanças nas posturas e nas relações, nas práticas e nos processos de trabalho.
Parabéns meninas pela explanação do tema.
Até o próximo encontro!

Manhã maravilhosa e acolhedora que possibilitou boas discussões em grupo. A metodologia utilizada por vocês (Rosário, Márcia e Valéria) foi muito inclusiva e reflexiva. A temática ambiência como foi abordado, permitiu refletirmos sobre os nossos locais de trabalho. Será que é um ambiente acolhedor? Que respeita as diversidades culturais? Os/as profissionais são (foram) ouvidos/as na hora de pensar esse local? Perguntas suficientes para percebemos o quanto precisamos aprofundar nossas discussões com relação ao tema.
Ambiência enquanto espaço de encontro de diversos sujeitos (usuários/as, profissionais), espaço que acolhe, informa, transforma, ouve e produz saúde. Essas foram as mensagens deixadas por vocês. Parabéns Márcia, Rosário e Valéria.

Nossos encontros têm sido maravilhosos, a troca de experiências nos faz ampliar muito a visão da realidade. O fato de conseguirmos identificar no nosso dia a dia de trabalho as conceituações colocadas em sala, faz com que o entendimento e a aplicabilidade fluam.
O último encontro foi muito bem preparado, cuidaram dos mínimos detalhes. Foi dividido em alguns momentos, fazendo o uso de uma excelente didática, onde todos puderam responder a cerca dos questionamentos tendo em vista a própria vivência. Reafirmamos a ampliação do olhar sobre o espaço físico, que vai envolver “o que fazer?”, com o “como fazer?” e o “para quem fazer?”. Temos que encarar o espaço físico como ferramenta facilitadora do processo de trabalho, isso levando em consideração as nossas pontuações quanto profissionais, as dos gestores, e as dos usuários; de forma que atenda às principais necessidades de todos, no que diz respeito principalmente ao conforto, privacidade, funcionalidade. Isso com certeza favoreceria o fortalecimento do vínculo do profissional com o usuário, tendo profissionais mais motivados e usuários mais satisfeitos. Seguimos com o pensamento de que os problemas deixem de ser “problemas” e passem a ser desafios. Isso nos crer que o trabalho, se feito mutuamente e com afinco, tem tudo para dar certo!

É sempre importante lembrar: um dispositivo nada mais é do que um dispositivo. Uma diretriz é só uma diretriz, uma direção. Se de fato estamos lutando pela humanização da saúde proposta pela PNH os seus princípios devem estar presentes, serem a base e as práticas devem ser feitas por meio do método da tríplice inclusão.

Olá Márcia, Valéria e Rosário!
O tema exposto por vocês me fez refletir tanto sobre o meu trabalho quanto nos locais que faço inspeções sanitárias. Quantas vezes os ambientes de trabalho não possuem nem cadeiras para os trabalhadores e usuários se sentarem. Tenho a oportunidade de conhecer os bastidores dos mais diversos tipos de estabelecimentos e algo que sempre me chama a atenção é o descaso com o banheiro dos funcionários. Por diversas vezes o banheiro dos usuários está compatível com as normas sanitárias, mas o dos funcionários não possui a mínima higiene e nem tão pouco a tampa do vaso sanitário, papel higiênico e um sabonete líquido para lavar as mãos. A falta de um ambiente de trabalho digno e acolhedor pelo gestor acaba gerando insatisfação que se reflete no mau atendimento aos usuários do SUS. Outro problema muito relevante que vocês falaram foi quanto a questão do fluxograma, onde observo que em muitos locais de trabalho o fluxograma dos processos e atendimentos é negligenciada o que compromete , assim, com a qualidade do serviço.
Enfim, quero dizer que esse tema AMBIÊNCIA despertou mais uma reflexão em minha vida. Quando não somos bem acolhidos em nosso local de trabalho, que por sinal é o local onde ficamos horas e horas , isso pode provocar problemas psicológicos, pode gerar doenças e até mesmo comportamentos de insatisfação descontados nos colegas de trabalho e usuários do serviço.
Abraço a todas vocês!

Participar deste seminário sobre AMBIÊNCIA e fazer entender com uma visão mais ampla como um local de trabalho e atendimento passa por esta política nacional de humanização.
Quantos anos eu mesma subi aquela rampa de entrada do atendimento de uma urgência sem jamis me perceber que o acesso das pessoas que ali trabalhavam e eram usuários não contemplavam um olhar de humanização.

O seminário está sendo uma experiência bastante rica. Ampliando nosso olhar em relação a ações que no cotidianos de nossa prática pareciam tão óbvia. No decorrer desses momentos de estudos e compartilhamento percebo que nem sempre os conceitos estão claros e como essas distorções conceituais, tem nos conduzido a caminhos distantes daquele que acreditávamos estar contribuindo.
O Tema ambiência, foi trazido com uma didática e uma abertura muito legal. Momento em que cada um teve a oportunidade de repensar nossas práticas e refletir sobre como promover um ambiente favorável a efetivação do SUS.

Olá! Rosário,Márcia e Valéria! Ótimo post, com discussão de um assunto muito pertinente para todos pois trata da ambiência. O termo ambiência é adotado quando associamos o espaço físico com as condições emocionais vividas nesse espaço. Essa compreensão de ambiência como diretriz da Política Nacional de Humanização é norteada por três eixos principais: O espaço que visa a confortabilidade; o espaço como ferramenta facilitadora do processo de trabalho e a ambiência como espaço de encontros entre os sujeitos. Através da construção da ambiência é possível avançar qualitativamente no debate acerca da humanização, pois sua concepção pressupõe a valorização tanto das tecnologias que compõe o serviço de saúde, dos componentes estéticos ou sensíveis apreendidos pelos órgãos do sentido (como por exemplo, a luminosidade, os ruídos e a temperatura do ambiente), quanto da interação entre usuários, trabalhadores e gestores (BRASIL, 2004; BRASIL, 2006).
A PNH, ao adotar a Ambiência como ferramenta na transformação dos espaços da Saúde, atinge um avanço qualitativo, pois passa a considerar, além da composição técnica, simples e formal dos ambientes, as situações que são construídas. Para dar conta desse compromisso não basta investir na estrutura física dos prédios, em equipamentos e tecnologias e em outros processos que não impliquem na valorização da dimensão humana, pois, mesmo sendo investimentos relevantes para as instituições só têm valor se estiverem voltados para melhorias no trabalho dos profissionais de saúde e na oferta de cuidado digno.
Finalizo agradecendo pela oportunidade de estar presente nesse momento e de poder adquirir conhecimento, discutir e ouvir diversas vivências próprias e de todos que se fizeram presentes.

Parabéns Márcia, Rosário e Valéria pelo trabalho desenvolvido em sala. A forma como vocês abordaram o tema foi ótima – muito didática.
Ambiência tem um amplo conceito, não se restringe ao ambiente físico, mas um espaço social, profissional e de relações interpessoais que é capaz de acolher confortavelmente e com segurança os sujeitos envolvidos no processo doença-saúde. Acolher diferenças regionais, religiosas e étnicas. A ambiência também está associada a resolutividade, a garantia de espaços que favoreçam o diálogo/reuniões entre trabalhadores e entre usuários e trabalhadores.