SEMINÁRIO HUMANIZAÇÃO NA SAÚDE: GESTÃO PARTICIPATIVA E COGESTÃO

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Trabalho realizado na disciplina Humanização na Saúde, do Mestrado Profissional em Ensino na Saúde, da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Alagoas (MPES-FAMED-UFAL).

Autoria:

Eladja Oliveira Santos – Unidade Básica de Saúde Dr. José Pimentel Amorim (SMS de Maceió) e mestranda em Ensino na Saúde.

Paulyne Souza Silva Guimarães – Hospital Universitário Professor Alberto Antunes – HUPAA/UFAL /Maternidade Escola Santa Mônica/MESM e mestranda em Ensino na Saúde.

Sérgio Seiji Aragaki (coord.) – MPES-FAMED-UFAL

Cristina Camelo de Azevedo (coord.) – MPES-FAMED-UFAL

 1º momento: Socializado e pactuado a metodologia e o tempo utilizado em cada atividade.

2º momento: Foi entregue ao grupo uma tarjeta com duas perguntas disparadoras.

·         O que você entende por Gestão Compartilhada e Cogestão?

·         Como acontece a gestão no seu local de trabalho?

Depois de respondido as perguntas, foram recolhidas pelas facilitadoras todas as tarjetas e, posteriormente, redistribuídas ao grupo sem que ninguém pegasse a sua novamente. Avaliamos que o grupo ficaria mais a vontade para responder às perguntas.

Algumas respostas:

“Um dos princípios organizativos do SUS é a gestão participativa, com a inclusão do usuário nas tomadas de decisões. É uma gestão onde todas estão envolvidas (trabalhadores, usuários e gestores) com o processo.”

“Participação ativa de gestorxs, trabalhadorxs, usuárixs, estudantes, professorxs nos processos de tomada de decisão, acompanhamento e avaliação.”

“Envolvimento de diversos sujeitos no fazer saúde. Cogestão: tríplice inclusão.”

Observamos que o grupo tem a compreensão do que é Gestão Compartilhada e Cogestão. Citam os sujeitos que devem participar. Entretanto, ao responder a segunda pergunta, fica claro como em seus locais de trabalhos a gestão continua verticalizada.

“A gestão é realizada por uma condenação e um colegiado de curso onde são tomadas as decisões.”

 “Na maior parte dos espaços de maneira verticalizada, centralizada, autoritária, fragmentada em nichos de poder.”

“Autoritária, controladora e com pouco diálogo.”

Falar sobre gestão participativa e cogestão ainda têm sido um desafio nos espaços de trabalho. Percebe-se que o modelo de gestão ainda predominante separa quem pensa e quem executa.

3º momento: O grupo foi dividido em três subgrupos e para cada um foi entregue textos diferentes abordando o tema e contendo as seguintes perguntas: Como acontece a gestão nesse local? e De que forma esses conflitos poderiam ser diminuídos/sanados? Após discussão um/a relator/a escolhido/a pelo grupo registrava as observações e as contribuições.

 

4º momento:Retornamos para grande roda onde cada relator/a fez a leitura do texto e socializou os apontamentos feitos em seu grupo. A cada leitura do texto os participantes iam se identificado e fazendo suas observações.

5º momento: Compartilhamento dos arranjos e dispositivos da diretriz gestão participativa e cogestão da PNH.

 

O primeiro grupo relacionado com espaço coletivo de gestão (Grupo de Trabalho de humanização (GTH), Colegiados Gestores de Hospitais, Colegiado Gestor da Unidade de Saúde, Mesa de Negociação Permanente, Contrato de Gestão, Contratos Internos de Gestão, Câmara Técnica de Humanização).

O segundo, às estratégias que fomentem a participação de usuários e seus familiares (Visita aberta, Gerência com agenda aberta, Ouvidoria, Projeto Terapêutico Singular (PTS), Família Participantes, Grupos de pais, Grupo Focal).

A diretriz de cogestão por si só não gera mudança se não estiver associada aos princípios da PNH e a métodos que garantam a participação efetiva de usuários/as, profissionais e gestores/as.

6º momento: avaliação

O grupo pode expressar através de uma palavra o que representou o seminário. Qual o sentimento que ficou?

Ao propor escrever sobre esta experiência, podemos admitir que foi muito bom vive-la. Compartilhar experiências com os colegas acerca da gestão participativa e cogestão fazendo um link com o modelo de gestão que vivenciamos em nosso ambiente de trabalho. Além disso, contribuiu para uma reflexão dos dispositivos/ arranjos dessa diretriz e traz à tona como nosso fazer profissional precisa ser revisitado diariamente de forma crítica e reflexiva. E a partir do concreto, reinventar nossas práticas coletivamente.