Venho nesse pequeno relato contar minha experiencia como Psicólogo Residente em Saúde Materno Infantil na pediatria do HU-UFGD, ali pude perceber durante o período de vivência a colaboração interdisciplinar dos diversos profissionais presentes para promover um espaço onde as crianças internadas possam vivenciar de maneira menos hostil os eventos oriundos da hospitalização.
Profissionais que acolhem a vulnerabilidade da criança frente a situação que a doença a sujeita. A valorização do brincar, da escola e da produção de vida, utilizando do lúdico que evoca na criança a resiliência para passar pelo processo de hospitalização.
Essa publicação faz parte da disciplina “SUS e Gestão em Saúde Pública” ofertada no programa de Residência Multiprofissional em Saúde do HU-UFGD.
Por Maria Luiza Carrilho Sardenberg
Olá Luiz,
Seja muito bem vindo com este teu primeiro post. Também trabalho com a infância, mas num contexto hospitalar um pouco diferente do teu. Trata-se de uma equipe transdisciplinar de psiquiatria e psicologia da infância e adolescência, uma clínica de especialidade num hospital geral, o Hospital do Servidor Público Municipal de São Paulo. Já trabalhamos diretamente na enfermaria de pediatria há algum tempo atrás, mas atualmente, por diminuição da equipe, ficamos restritos ao trabalho ambulatorial.
A questão trazida em teu post e explicitada pela valorização do brincar como produção de vida, principalmente num momento de vulnerabilidade como o vivido no contexto de internação é crucial. Nem todos os trabalhadores do cuidado têm essa sensibilidade e isto se complica muito mais em tempos de transformação das abordagens humanizadoras por aquelas instrumentalizadas pelo mercado.
Seguimos na luta por uma saúde pautada em valores afirmativos de vida.
abraSUS!!!!!!!