Triagem hospitalar: tecnologia pode otimizar o processo

9 votos

O processo de triagem hospitalar é bem básico nas instituições de saúde. Mas ela é de grande importância para que profissionais consigam oferecer um atendimento de qualidade e eficiente para os pacientes.

Essa prática surgiu durante a Primeira Guerra Mundial e, até os dias de hoje, é amplamente utilizada na área médica. Mas o mundo evoluiu e as tecnologias, como as soluções healthcare, podem otimizar todo esse processo, tornando-o mais simples e eficaz.

Preparamos este conteúdo para que você saiba mais sobre a triagem hospitalar e como ela pode ser otimizada com as inovações. Confira!

O que é a triagem hospitalar

Triagem é um método de separação que estipula a prioridade de atendimento e tratamento de pacientes, levando em consideração cada caso de gravidade e condição.

Ela é usada, principalmente, quando não há recursos suficientes para tratar todos os pacientes de forma imediata. Por isso, é indispensável quando não há profissionais de saúde suficientes para atendimento e durante ocasiões de grande gravidade, como acidentes com várias vítimas.

Seja qual for o caso, é fundamental empregar um sistema de seleção a fim de estipular quais os pacientes que necessitam de atendimento imediato e de emergência e quais podem seguir para outras unidades.

Como a triagem hospitalar surgiu?

A triagem hospitalar começou a ser utilizada por médicos franceses que trabalhavam em hospitais de campanha no decorrer da Primeira Grande Guerra.

Por conta da situação presenciada nos campos de batalha e os baixos recursos disponíveis, esses profissionais necessitavam de um método que garantisse o rápido e bom atendimento dos feridos.

Até aquele momento, a forma de tratamento dos pacientes era feita por meio de intuição e fatores nem sempre estratégicos, como:

  • maior expectativa de morte, independentemente do tratamento;
  • maior possibilidade de o paciente sobreviver, independentemente do tratamento;
  • probabilidade de viver ou morrer, de acordo com o tratamento utilizado.

Contudo, os médicos franceses chegaram à conclusão que era necessário estabelecer um processo racional e efetivo para avaliar cada paciente. Esse foi o início de uma estratégia que vem evoluindo ao longo dos anos.

Atualmente, a triagem hospitalar é uma prática comum no segmento de saúde. Aliás, costuma ser empregada em todos os campos e de diferentes formas.

Entenda o Protocolo de Manchester

Quando o assunto é triagem hospitalar, é válido destacar que as instituições de saúde podem utilizar o método que julgarem mais eficiente. Porém, há um que se tornou padrão em quase todo território brasileiro.

O Protocolo de Manchester foi criado em 1997. Ele utiliza um sistema de classificação de riscos em cores e é muito usado em pronto-socorro e hospitais — não só do Brasil, como do mundo.

A partir da análise inicial do paciente, o médico ou enfermeiro é capaz de determinar uma pulseira ou faixa com a cor que aponta a gravidade da situação.

Ela pode ser revelada, de modo direto ao paciente. Mas, em algumas instituições, a classificação é feita com base em Inteligência Artificial e pode detalhar o caso ao profissional que assumirá a situação.

Além disso, a triagem de Manchester criou padrões de checagem de sintomas. Ela orienta que seja realizada a averiguação de temperatura, de sinais vitais e a classificação com base em uma escala de dor.

Entenda as cores utilizadas nesse método:

  • Vermelho (emergência): indica risco imediato, o que exige urgência no atendimento;
  • Laranja (muito urgente): paciente com quadro grave, que requer um atendimento rápido;
  • Amarelo (urgente): estipula tempo de espera máximo de 60 minutos;
  • Verde (pouco urgente): uma situação que necessita de atendimento, mas sem grande urgência. Normalmente, o paciente é encaminhado para um ambulatório;
  • Azul (não urgente): por último, o paciente não tem sintomas de emergência e pode aguardar atendimento conforme a ordem de chegada.

A importância da triagem hospitalar

De forma simples, a triagem hospitalar tem como meta organizar o atendimento aos pacientes. Além disso, ela viabiliza um suporte eficaz e de qualidade, mesmo em locais de risco ou movimentados.

Ao entender a gravidade da situação de cada paciente, os profissionais podem disponibilizar uma assistência mais assertiva. Isso ajuda a melhorar os procedimentos para atender mais pessoas e auxilia em casos de emergências.

Com a restrição de profissionais e recursos, é fundamental que os pacientes tenham uma avaliação precisa. Isso não apenas simplifica o atendimento, mas também aumenta as chances de sobrevivência de quem busca ajuda médica.

Lembrando que tudo isso é ainda mais estratégico quando há a aplicação de recursos tecnológicos. Afinal, as ferramentas certas reduzem a carga de trabalho para os profissionais do atendimento e agilizam processos.

Como a tecnologia pode otimizar esse processo

Antes da utilização dos protocolos de triagem, a ordem de chegada dos pacientes era essencial para estipular a fila de atendimento. Apenas idosos e crianças tinham uma certa preferência.

Porém, o método não era tão adequado. Afinal, critérios não clínicos provavelmente provocavam o agravamento de condições clínicas que poderiam ser evitadas.

Foi nessa perspectiva que o protocolo de Manchester nasceu e acabou sendo o mais difundido em hospitais brasileiros. Como dissemos, com a ajuda da tecnologia, ele pode ser ainda mais eficaz.

O uso de uma solução que determina a cor do risco de cada paciente a partir dos dados inseridos pelo profissional da saúde é um grande avanço. Aliás, a aplicação da tecnologia começa com uma cadeia de ações, capaz de emitir alertas a todos os envolvidos.

Além disso, o recurso pode facilitar a análise dos estoques de insumos e até orientar o início ao preparo de salas de cirurgia. Esses pontos são indispensáveis para uma assistência de qualidade e rápida.


Como vimos, existem tecnologias que fazem toda diferença na hora da triagem hospitalar. Há soluções que facilitam a classificação e outras que realizam a análise de elegibilidade do convênio antes mesmo do paciente chegar ao hospital.

Essas inovações podem ser um diferencial e tornam os serviços de saúde muito mais eficientes e seguros. Os gestores que entendem isso estão um passo à frente na busca por proporcionar uma melhor experiência ao paciente.