Sou Carmen, enfermeira, no momento cursando especialização em Saúde Mental, mãe do Igor , 13 anos e com espectro autismo, desde os 2 anos de idade , acompanhado por uma equipe multiprofissional, e na minha opinião ainda faltam profissionais preparados para lidar com autistas, principalmente em escolas regulares, mais hoje graças as terapias, família e dedicação, o Igor está alfabetizado e me dando muito orgulho. Eu não conhecia a RHS e agora através dessa rede eu espero ajudar e também receber informações que possam me auxiliar nessa questão do autismo.É o sonho de consumo de todos os médicos e da população em geral pois não existe nenhum exame laboratorial capaz de confirmar uma hipótese diagnóstica de autismo. O diagnóstico de autismo continua sendo clínico, baseado no histórico e na observação do paciente e dependendo dos poucos especialistas disponíveis no Brasil para realiza-lo. O processo pode levar anos (filas de espera) beneficiando poucos e garantindo que milhares de centenas de autistas jamais receberão seu diagnóstico ou forma de tratamento. Eis que surge um grupo de pesquisadores da Clarkson e da State University Of New York, liderados pelos Drs. Armand Wetie e Alis Woods propondo um método inédito, rápido e eficaz para realizar o diagnóstico de autismo: um simples exame de saliva. Examinando a saliva de 6 jovens autistas na faixa de 6 a 16 anos e comparando a um grupo controle constituído por jovens neurotipos (normais) os pesquisadores detectaram na saliva dos jovens autistas um aumento significativo de nove proteínas e a diminuição ou ausência de outras três. As proteínas identificadas tinham uma função diretamente relacionadas ao sistema imunológico e a distúrbios digestivos. Para a realização deste ensaio científico os pesquisadores lançaram mão de uma tecnologia sofisticada: a espectrometria de massa apoiada por conhecimentos fornecidos por um novo ramo da ciência: a proteômica que tem por objetivo estudar a estrutura e função de milhares de proteínas produzidas em nosso organismo obedecendo instruções fornecidas pelo nossos genes. A noticia é alvissareira, se confirmadas por outros grupos de pesquisadores, pois, em tese, poderá oferecer um diagnóstico rápido para o autismo permitindo uma intervenção terapêutica.
Fonte: Dr. Estevão Vadasz psiquiatra especializado em infância e adolescência. Foi professor instrutor chefe do setor de psiquiatria da infância e adolescência da Santa Casa de São Paulo e criador do Protea (Programa Transtornos do Espectro Austista) , do Instituto de Psiquiatria do Hospital das ClÍnicas da Faculdade de Medicina da USP.
Por Nadjah Santos
Muito importante essa experiência que você trouxe aqui para nós,realmente ainda falta profissionais adequado para o tratamento com a pessoa que tenha autismo,obrigada Carmen.