Fátima Jorge Baeza: Uma lutadora incansável do controle social no SUS

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Fátima Jorge Baeza, falecida em 29 de março de 2024, após lutar bravamente por 07 meses contra o câncer de rim que se espalhou para o pulmão, foi uma figura notável na luta pelo controle social no Sistema Único de Saúde (SUS).

Sua trajetória como uma importante integrante da Rede Humaniza SUS (RHS) foi marcada por sua dedicação incansável na defesa dos direitos dos usuários e na promoção de um sistema de saúde mais justo e equitativo.

A jornada de Fátima na RHS começou em 2014, quando a psicóloga acompanhou seu filho na IV Mostra Nacional de Experiências em Atenção Básica e Saúde da Família, um espaço fundamental para o compartilhamento de experiências e o fortalecimento do diálogo entre os diversos atores envolvidos no SUS.

De forma abnegada, Fátima contribuiu de maneira muito participativa para promover a humanização da gestão e do cuidado no SUS, especialmente na na área de saúde mental, além de estimular a colaboração e a produção do bem comum.

Foi participando do Conselho Municipal de Saúde em Joinville que ela encontrou seu grande significado, atuando como conselheira desde 2015 e vice-presidente de 2017 a 2018.

Sua participação na mesa diretora do Conselho Municipal de Saúde trouxe um novo vigor à defesa dos direitos dos usuários, onde ela contribuiu com seu conhecimento, educação e gentileza, demonstrando coragem e determinação na luta por um SUS de qualidade.

Incansável em sua defesa do SUS, participou de diversas atividades e conferências, incluindo a 1ª Conferência Nacional de Vigilância em Saúde, sempre defendendo a participação social como um meio de garantir a qualidade e o comprometimento do sistema com a vida.

A trajetória de Fátima Jorge Baeza é um exemplo inspirador de compromisso e dedicação à construção de um SUS mais justo e humano.

Lutou muito em favor da construção do CAPS AD III 24 horas em Joinville, mesmo contrariando na época, os interesses do próprio Conselho Municipal de Saúde que foi um dos grandes responsáveis por essa obra não ter saído do papel até hoje, através das ações do Conselho Local de Saúde do bairro Glória.

Seu legado continuará vivo na memória de seus filhos, netos e de todos aqueles que tiveram a oportunidade de conhecê-la e trabalhar ao seu lado na defesa da saúde pública no Brasil.

O Sindfar-SC prestou esta homenagem como reconhecimento de sua importante contribuição para o controle social no SUS, que eu (Raphael escrevendo infelizmente) achei importante trazer para a RHS, percebam como ela também expressou o carinho e a importância desta rede em sua vida.

Fátima Jorge Baeza, presente!