A saúde psíquica da mulher no puerpério nem sempre é parte integrante do processo de trabalho e cuidado das equipes de saúde coletiva, onde muitas vezes prevalece uma atenção fragmentada dentro de um modelo biomédico e protocolar, limitando a atenção à mulher no puerpério aos aspectos relativos à sobrevivência do bebê como, por exemplo, a questão da amamentação e desenvolvimento, sem foco na saúde da mulher de modo integral, em especial aos aspectos psicológicos. Ou seja, invisibilizando o sofrimento psíquico dessas mulheres.
É sabido que do período gestacional até o final do puerpério muitas mulheres enfrentam questões importantes como depressão pós-parto, transtornos no período perinatal (desde a concepção até o primeiro ano do bebê), abandono e separação conjugal, problemas com a amamentação, perda gestacional, violência obstétrica, dentre tantas outras. Essas mulheres nem sempre encontram ajuda ou apoio para falarem sobre isso, por medo de serem consideradas menos mulheres, incapazes e de acharem que elas não amam seus filhos como toda mãe deve amar. Por sentirem-se pouco acolhidas e compreendidas em suas dores, acabam sofrendo ainda mais.
O objetivo desse jogo é criar um espaço de acolhimento e conversa para que possam falar o que sentem e compartilhar o que vivem, visando o fortalecimento dessas mulheres para que consigam vivenciar de modo menos doloroso esse período tão delicado e sensível.
Jogo criado como parte da matéria Núcleo de Psicologia e Saúde do curso de psicologia da PUC-SP.
Em anexo encontram-se dois documentos em PDF com um manual, 25 cartas de Verdade e 25 cartas de desafio para impressão.
Por patrinutri
Muito importante este investimento em educação em saúde, o que traz empoderamento das pessoas e ao mesmo tempo um maior vínculo dos serviços de saúde e seus usuários.
Obrigada por compartilhar conosco esta ação tão criativa e importante!
Já compartilhei aqui com meus grupos de profissionais de sáude para entusiasmá-los e estimular suas criatividades também!
Gratidão!