Dia 22 de outubro de 2021, o nosso grupo do PAPP, junto com a professora Larissa, fomos fazer uma visita no CAPS AD3(rede de atenção psicossocial), quem nos recebeu foi a coordenadora e psicóloga, Claudia, a mesma foi muito esclarecedora sobre o funcionamento dessa instituição na nossa cidade, com a finalidade de prestar serviço 24hs para pessoas com dependência de álcool e/ou drogas. Sua demanda é espontânea, ocorre uma triagem do paciente com o técnico de enfermagem, depois consulta médica, a partir disto é pensado em um projeto terapêutico para singular para cada paciente desta demanda, para pacientes acamados é feito visita domiciliar da equipe multidisciplinar. O atendimento no CAPS, é feito somente para pessoas acima de 18 anos, tem que ser do município de Presidente Prudente, ter documentos pessoais e comprovante de endereço, considerado uma instituição de saúde de atenção secundária de média complexidade. O espaço físico conta com: recepção, 8 leitos de observação, sala de triagem, farmácia, espaço comum para reuniões de ajuda, consultórios médicos, sala da enfermagem, consultório de psicologia, sala de reuniões, banheiros feminino e masculino, salas administrativas, cozinha com refeitório, salas de terapia ocupacional, uma quadra poliesportiva e um espaço aberto que serve como fumódromo. Foi nos reforçado pela Claudia que os leitos de observação são usados por um paciente por no máximo 14 dias, depois disto o paciente deverá ser encaminhado para outra instituição ou alta, também tivemos o conhecimento de que toda as refeições de outros CAPS da cidade, é feita neste CAPS e repassado para os outros. O CAPS AD, conta com uma equipe multidisciplinar, composta de médico psiquiatra, médico clínico, psicóloga, enfermeiros e técnicos de enfermagem(estes fazem plantão noturno e FDS), farmacêutico, serviços gerais, educador físico, no geral são 30 funcionários. Na cidade de Presidente Prudente existem: CAPS ad III (Centro de atenção Psicossocial álcool, drogas e tabaco); CAPS II infantojuvenil; CAPSII Maracanã- para transtornos; CAPS III Ana Jacinta- transtorno; 7 miniequipes de Saúde mental em unidades de Atenção Básica, todas tem médico psiquiatra; UAA(Unidade de atendimento adulto); UAI(Unidade de atendimento infantojuvenil) e ainda, temos 6 SRT(serviço de residência terapêutica. Este serviço de residência terapêutica, são casas alugadas para acomodar até 10 pacientes crônicos e dependentes de cuidados, nestas casas tem-se 2 cuidadoras, 1 técnico de enfermagem, estes profissionais fazem comida, cuidam dos pacientes e da casas, o intuito é que estes pacientes vão até o CAPS para fazerem suas atividades. A psicóloga, ainda resalt5ou quem os moradores de rua, vêm todos os dias tomar medicação assistida e as refeições no CAPS, não é disponível higiene pessoal, esta é feita no0 CREAS( Centro de referência especializado em assistência social). Nesta visita esclarecedora com a psicóloga Claudia, ficou evidente que estas várias subdivisões da assistência psicossocial é muito importante e fundamental para que os Hospitais psiquiátricos sejam menos requisitados para assim diminuir o numero de internações nestes hospitais.
Por Raphael
Olá Janaína,
Os CAPS têm vocação para ser serviços substitutivos aos hospitais psiquiátricos que produziram morte, alienação e sofrimento por mais de 200 anos no Brasil.
Recomendo a leitura do livro Holocausto Brasileiro da Jornalista Daniela Arbex para que você conheça um pouco mais sobre a história dos Hospitais Psiquiátricos no Brasil e a que eles realmente se destinam.
Notei também que você se refere aos usuários do CAPS como pacientes, mas na perspectiva da reforma psiquiátrica e da clínica ampliada o termo correto é usuário do CAPS, usuário do serviço.
Senti que a sua fala está repleta das explicações da psicóloga/ Coordenadora, mas gostaria de te propor a fazer um relato aqui na RHS com os sentimentos que você experimentou ao visitar um CAPS, você pode se surpreender com esse exercício.
AbraSUS
Raphael