Maternidade Dona Regina de Palmas Tocantins : Gestantes têm acompanhamento de familiares no parto
Desde segunda-feira, 17, o HMDR – Hospital e Maternidade Dona Regina está permitindo o acompanhamento de forma integral das pacientes internadas na unidade para realizar parto. A gestante terá direito a ter a companhia de um familiar ou pessoa de sua preferência desde sua internação até o momento da alta hospitalar. O serviço está em acordo com a lei nº 11.108, conhecida como lei do acompanhante, e que trata do acompanhamento durante o trabalho de pré-parto, parto e pós-parto. Anteriormente a unidade já permitia o acesso do acompanhante, mas somente após o parto.
Desde o início do ano o CPH – Comitê do Parto Humanizado intensificou, em conjunto com a supervisora do Plano e Qualificação Vera Figueredo e a Apoiadora da Maternidade Goiamara Borges e gerente do setor de Humanização da Sesau, a realização de reuniões para definir a forma como este serviço ocorrerá na maternidade Dona Regina. Fruto deste trabalho é o Grupo Gestor de Direito do Acompanhante, responsável por elaborar e implantar as diretrizes do programa dentro da unidade.
“Agora o esposo, familiar ou amigo que desejar acompanhar a gestante, e que tenha o consentimento desta, será recebido por um técnico da equipe multiprofissional do hospital que lhe dará toda a orientação de como se comportar dentro do ambiente hospitalar, o que é de direito, e o que é de dever do acompanhante” disse o médico e diretor Geral do hospital, Paulo Lázaro.
Durante a fase de implantação do projeto, 60 dias, somente serão permitidos como acompanhante na sala de admissão do pré-parto e parto (bloco cirúrgico), acompanhantes do sexo feminino, em ocasião da presença de outras gestantes.
“Após este prazo, conforme o cronograma de trabalho, os leitos serão individualizados, de forma a possibilitar mais privacidade para as parturientes e assim possibilitar a presença do acompanhante do sexo masculino”, disse a gerente do HumanizaSUS, programa da humanização do SUS, da Sesau, Goiamara Borges dos Santos Rodrigues.
Para a gerente do setor de Serviço Social da maternidade, Zelma M. Penha, com mais esse serviço, o acolhimento do acompanhante em tempo integral, é necessário uma redefinição de alguns fluxos na unidade como o horário de visitas e agora um horário específico para a troca destes acompanhantes. “Nossa maior bandeira é colocar a família dessas parturientes dentro da unidade, que elas participem e se envolvam de forma ativa no processo”, disse.
A paciente Adriana Aparecida Cardoso, 30 anos, deu a luz na manhã desta segunda-feira, às 10h45, ao seu quarto filho. Adriana, que foi acompanhada pela amiga Cristiane Gomes afirma que pela primeira vez teve o acompanhamento em período integral de uma pessoa próxima ao seu convívio e que isso lhe deu tranqüilidade e mais segurança durante todo o momento que antecedeu ao parto. “Médicos e enfermeiros ficam todos envolvidos no trabalho, é um serviço que necessita de muita atenção, logo, muitas vezes não tem tempo de atender as nossas angústias. A presença de um acompanhante me tranqüilizou, foi uma experiência nova e muito importante”, ressaltou Adriana.
Equipe multiprofissional define últimos detalhes
Após planejamento para implantação do serviço de acompanhamento da gestante durante todo o seu período de internação na unidade, uma reunião definiu as últimas diretrizes para o início do programa já na segunda-feira, 17, membros do Comitê do Parto Humanizado da própria unidade reuniram-se com a Direção Administrativa, técnicos da Sesau – Secretária Estadual de Saúde da área do HumanizaSUS e da Semus – Secretária Municipal de Saúde de Palmas, além de representantes da Pastoral da Criança, CES – Conselho Estadual de Saúde e CMS – Conselho Municipal de Saúde para definirem o cronograma do primeiro dia do serviço na unidade.
Acompanhados pela gerente do HumanizaSUS, Goiamara Borges, e pela Fisioterapeuta Wilma Manduca, membro do CPH, os representantes da Semus, CES, CMS e Pastoral da criança realizaram uma visita técnica pela maternidade para conhecer as instalações e todas as fases do serviço da maternidade, desde a entrada da paciente até o momento da sua alta.
Por Goiamara
Precisamos divulgar esse avanço no Tocantins, pois na cidade de Palmas essa é a unica maternidade. Depois de cinco anos de sancionada a lei 11.108 de garantia do direito ao acompanhante, essa notícia demonstra o resultado do esforço coletivo do Ministério da Saúde, através do importante trabalho da consultora Vera Figueredo, da apoiadora da maternidade Goiamara Borges e especialmente do grupo gestor do direito ao acompanhante e comitê do parto humanizado, dessa maternidade que em conjunto com a diretoria, conseguiram garantir esse direito sublime à vida.Pois essa tecnologia do acompanhante durante o parto, além de salvar vidas e do supote emocional a parturiente, garante o fortalecimento do vínculo de amor da familia por vivenciar o momento do nascimento que é o acontecimento mais importante na vida do casal.