Oeste do estado de Santa Catarina pensando e fazendo humanização!

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Tenho andado com muita alegria agora por toda Santa Catarina.
E aqui no Oeste tenho dado especial atenção a Xanxerê e Concórdia, embora tenha articulado também contatos em Chapecó, que ainda não se concretizaram em apoio presencial.
Isto para mim tem sido muito gratificante, pois estou atuando agora um pouco mais em minha terra. Claro que as andanças pelo Paraná me foram super prazerosas e, na minha avaliação, bastante profícuas, no entanto isto teve o custo de ter deixado meu estado um tanto de lado por dificuldades em atender a todas as demandas.
Agora com a agenda mais voltada a SC consigo acompanhar mais de perto muitos grupos já mobilizados e alguns novos que entram nesta roda da humanização.

Em Xanxerê nossos trabalhos desta vez foram com o Hospital São Paulo, um hospital filantrópico que atende usuários do SUS e é referência regional para muitas especialidades.
No dia 26 05 2010 realizamos uma roda de conversa com um grupo representativo de diversos setores do hospital que já estava se mobilizando para engajar-se com a Política nacional de Humanização, tendo em vista que realizam diversas iniciativas de humanização, mas até então em projetos isolados de diversos setores da instituição. Esta ação foi possível com o apoio da Mariângela Bortoluzzi formadora do curso de apoiadores da região e da apoiadora Juliane da SMS Xanxerê.

A primeira proposta é colocar em análise esta ações e avaliar seu potencial mobilizador dos trabalhadores, gestores e usuários para colocar em análise a atenção e a gestão da saúde no hospital e em Xanxerê. Outra proposta resultante do encontro foi potencializar a iniciativa Hospital Amigo da Criança enquanto experiência exitosa da unidade hospitalar e aumentar o contato com a rede básica que já vem sendo realizado através das visitas das gestantes ao hospital. Assinalamos ainda a importância da ouvidoria como forma de inclusão da voz do usuário nas rodas de humanização, o que passou a ser bastante considerado pelo grupo como potência.
Mariângela e Juliane seguem no apoio e o grupo se comprometeu a relatar na redehumanizasus suas vivências daqui para diante.

Em Concórdia dia 27 05 2010 trabalhamos primeiramente num encontro com os gestores do Hospital São Francisco e seguimos para uma fala geral sobre a PNH para os trabalhadores do hospital. Toda esta mobilização se deu por um contato que as psicólogas do hospital iniciaram após lerem sobre a humanização na redehumanizasus. Respondi ao formulário de contato e começamos as articulações que se concretizaram neste encontro.
Os gestores demonstraram um alinhamento com a gestão mais horizontalizada, baseada nos encontros de equipe e ações mais participativas.
Após a fala mais geral sobre a PNH e breves comentários do grande grupo, realizamos com as psicólogas uma visita pelas dependências do hospital para conhecer um pouco melhor sua realidade. Encontramos aí muitas potências, embora tenham relatado também muitas dificuldades.


Após a visita encontramos numa roda com os integrantes do GTH que já funciona na instituição desde Outubro de 2009. O grupo então relatou as ações que vem desenvolvendo no sentido de mobilizar trabalhadores para aderirem ao grupo, dentre estas ações o foco é a realização de atividades especiais em datas comemorativas. Alguns integrantes do grupo relatam, no entanto que avaliam não ser este o foco do grupo, mas apenas uma estratégia de ação para sensibilização dos trabalhadores para a humanização. Assim elencamos algumas ações que o grupo avalia como potencialmente exeqüíveis e que fomentariam a inclusão de trabalhadores, usuários e gestores e o trabalho coletivo: qualificação de iniciativas de ouvidoria nos moldes da ouvidoria SUS, estudos iniciais sobre o dispositivo de vista aberta, organização de um projeto em atenção à equipe de trabalho de unidades de atendimento onde morrem mais usuários tais como a UTI pediátrica e a oncologia abordando os cuidados paliativos do ponto de vista da humanização, adequação do local onde realizam o acolhimento do OS promovendo uma ação integrada com o setor de internação hospitalar, rodas locais nas unidades representadas no grupo e mobilização das unidades que ainda não se fazem representar com foco na revisão dos processos de trabalho e construção de projetos coletivos de trabalho no sentido de valorização do trabalhador.
Portanto muitas coisas estão elencadas, e o grupo bastante desejoso de concretizar ações. Seguimos no apoio com a confiança que em breve teremos relatos exitosos sobre esta unidade de saúde.
Já articulamos também uma aproximação coma secretaria municipal de saúde a fim de fomentar a ordenação da rede que hoje se constitui um espaço de pouca comunicação.

Nossas perspectivas futuras estão voltadas a criação de um coletivo regional que dê sustentabilidade as ações municipais e se constitua um fórum de potencialização e um espaço de trocas.