Pactuar um nascimento saudável inclui a boa ambiência para o parto

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As maternidades precisam dar condições para que a gestante escolha a posição em que ela terá o seu filho e seja acompanhada em todos os momentos por alguém de sua confiança. Isso requer alteração de processo de trabalho, com novos arranjos do espaço de acordo com modelo humanizado do nascimento, favorecendo o parto normal, a vinculação, a privacidade, sem que a mulher fique peregrinando dentro do hospital, mas passe o pré-parto, parto e pós-parto em um mesmo espaço. Essas e outras novidades são previstas na RDC 36, norma da Anvisa publicada no Diário Oficial da União em junho de 2008.

 

Para garantir as melhorias na ambiência das maternidades, a arquiteta e consultora da Política Nacional de Humanização Mirella Pessati visitou oito das 26 maternidades no primeiro semestre de 2010. Ela realizou oficinas com os gestores e trabalhadores para discutir o conceito de ambiência e a partir daí foram construídos os projetos para reforma e pactuadas as mudanças no processo de trabalho necessárias para a inclusão.

 

De acordo com ela, de nada adianta quebrar paredes e comprar novos móveis se a atitude acolhedora para com a mulher e o bebê não acontecer em todos os momentos.  “Muitas maternidades trabalham sem a inclusão do acompanhante, com espaços insalubres, sem ventilação ou iluminação adequada. A superlotação  poderia ser evitada com alterações nos processos de trabalho, pois  boa parte das mães que superlotam a emergência não precisariam estar ali.” afirma.

 

Estão previstas para o segundo semestre reuniões para discussão e pactuação das melhorias em outras maternidades do Plano, além de uma nova visita às que já receberam consultoria, para acompanhamento das mudanças.

 

Esta notícia é parte do Boletim SAS no Plano, informativo on-line da Secretaria de Atenção à Saúde, do Ministério da Saúde, produzido pela Política Nacional de Humanização e Núcleo de Comunicação da SAS.