Projeto de Saúde Mental de Belo Horizonte: Admitir que a loucura EXISTE e cria uma REALIDADE
Na disciplina de introdução à Psicologia da Saúde com o professor Douglas Casarotto ele propos que escolhecemos um artigo e comentassemos sobre ele e então aqui realizar uma postagem. Aqui estou então…
Meu artigo fala de um projeto de Minas Gerais que foi implantado a partir de 1993, que conta com a participação do Fórum Mineiro de Saúde mental e da Associação de usuários dos serviços de saúde mental de Minas Gerais e se sustenta através dos orgãos Públicos, Privados,não governamentais e pelos famíliares e usuários. Onde coloca para a sociedade a crítica ao manicômio e ao do modelo manicomial considerando-o inadequado por ser um lugar de exclusão e violência. Então através desse projeto buscar incluí-los e inseri-los á sociedade através de uma rede de serviços de saúde que atua em regiões tendo como referência os distritos sanitários onde opera o sus na cidade. Locais como nos Cersam, nos Centros de saúde,no Projeto Arte da saúde e no Cria. Assim inovando a atenção ao portador de sofrimento mental acolhendo pacientes da crise ate a sua estabilização e assim promover ainda a sua reinserção social construindo com ele um vínculo para seu acompanhamento ser continuado. Assim se da a inovação tanto no modelo psiquiátrico hegemônico em todo o mundo que é centrado na hospitalização e na segregação quanto com relação a atenção a saúde em geral qua não se da de modo predominante. Inovando o modo de abordagem dos pacientes desenvolvendo uma clínica desarmada, compreendendo o processo psíquico onde o enfrentamento da loucura e da crise ela parte de sua percepção como sendo um fenômeno social e como uma vivência que é particular de cada usuário. Em relação aos trabalhadores de saúde com os usuários uma nova posição: de protegida no manicômio para uma desprotegida na rede ambulatorial onde é preciso aprender a proteger-se ao paciente dar liberdade de estarem em espaços abertos, mudança também no que diz respeito a relação dos trabalhadores entre si onde todos os membros e não só o psiquiatra são capazes de oferecer atenção. Há também uma mudança na cultura da cidade que deixam de pensar que a loucura é perigo e começam a aceitar a convivência com a diferença. Famíliares e usuários reconhecem em outro espaço diferente do hospitalar a possibilidade de resolver a crise.
Bom com tudo isso fiquei refletindo o quanto este projeto foi rico, pois da oportunidade de inclusão na sociedade para o sujeito portador de sofrimento mental, proporcionando mais liberdade tendo uma nova compreensão do processo psíquico.
Precisamos dar oportunidades ao sujeito, e ter um olhar amplo para poder enxergar além dos rótulos que lhe são colocados.
FUJIMARA, L.M; ALESSIO, N.L.N;FARAH,M.F.S .(Orgs)
20 experiências de gestão Pública e cidadania, Rio De Janeiro:FGV,1999.
Por Luciane Régio
Muito bom, Douglieli! Este tema na RHS é quentíssimo!!! Os fóruns que produzimos nestas conversas (comentários em posts) ajudam no embate necessário. Há um longo caminho! As tentativas de "normalização" das pessoas, negando as subjetividades, as diferenças, ainda serão muitas… e nem sempre tão óbvias.
Na RHS, há muitos posts sobre SM, alguns também de MG! Aventure-se! Se precisar de ajuda, estamos aqui.
Luciane – Grupo de cuidadores da RHS