Sobre Nutrição
O departamento de Agricultura Americano lança nova imagem da distribuição alimentar diária … é o fim da pirâmide, imagem que por muitos anos serviu de modelo para a estruturação das dietas alimentares de diversas partes do mundo.
Enfim a roda !
O agravamento dos problemas de saúde da população americana, a epidemia de obesidade e a crise econômica provocou novas mobilizações em relação a imagem da nutrição naquele pais e que com certeza influenciará muitos outros lugares.
Numa história muito recente diversas imagens foram se construindo no sentido da busca de um equilíbrio entre ingesta, atividade física, estilo de vida buscando saúde pela alimentação.
Em 1940:
Em 1956:
Em 1979:
Em 1984:
Em 1992:
Em 2005:
Em 2011:
Depois de ter elegido Obama, ter chamado Lula de "o cara" e querer copiar o SUS para fazer saúde pública no país, os americanos estão cada vez mais perto do método da roda! Uma nutrição que acontece no prato, com a marca da alimentação como uma atitude social, cultural que se equilibra com a vida e com as relações humanas.
Brincadeiras a parte, espero que enfim possamos deixar de copiar os americanos e construirmos nosso próprio padrão de saúde nutricional.
Veja mais sobre esta notícia em www.choosemyplate.gov/
Bom apetite, boa nutrição a todos e todas!
Patrícia S C Silva
Blumenau SC
Por Rejane Guedes
Olá Pat.
O resgate imagético do prato tem ganhado força e fico feliz pelo seu posicionamento.
Quando me graduei em 1987, usávamos como base a ‘roda da boa alimentação’, onde a àgua estava no centro e os alimentos eram agrupados em energéticos , construtores e reguladores.
Confesso que a noção de pirâmide foi um grande choque em meu imaginário. Nunca concordei com sua lógica, apesar de reconhecer que ela trouxe a questão das porções de modo mais detalhado. (o que pode muito bem ser feito com o desenho de um prato)
Minha crítica fundamenta-se na constatação de que as pessoas não comem numa pirâmide. Comemos em pratos, travessas, bandejas, quentinhas e outros objetos com a forma oval, circular ou formas sextavadas ou quadradas. Até hoje não me deparei com um ‘prato piramidal’. Se alguém conhecer, por favor me apresente.
Obtive outro argumento ‘contra’ a noção de pirâmide pesquisando a percepção de muitas crianças das creches em que eu trabalhava e nos atendimentos na atenção básica (SUS). Os pequenos muitas vezes ‘desmontavam’ a argumentação dizendo:
-Ah! Se os doces estão ‘em cima’ (no alto) é porque são ‘melhores’!
-Eu não quero esses ai ‘de baixo’… (cereais, raizes e outras fontes)
-‘Ei’, eu não sei comer nessa ‘coisa’ (Pirâmide) não! Você vai trocar os pratos por isso, é?
Críticas a parte, posso dizer que estou muito animada com a reincorporação do prato à cena da educação nutricional.
Que as pirâmides tiveram seus méritos eu reconheço, mas prefiro visitá-las noutros contextos.
Vamos compartilhando impressões pelos posts afora.
Abraço com admiração e carinho. Rejane- Nutricionista.