Uma Breve Reflexão Sobre Humanização e Cuidados Paliativos!

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Humanização, humanização em saúde, tratamento paliativo e cuidados no fim da vida. Estas são designações novas e emergentes para, em outras palavras, desmitificar e resgatar o velho, e ao mesmo tempo novo, ponto de partida para todas as demais denominações das diferentes formas de cuidar, que aos poucos foram perdendo sua essência tal qual utilizado por muitos dos pais das diversas especialidades médicas modernas, dentre elas a oncologia. Enfrentar essas situações cada vez mais comuns nas áreas médicas requer de quem cuida muito discernimento, comprometimento e amor pelo que faz perseverança e, acima de tudo, um desprendimento humano quase sobrenatural no exercício do saber/agir. Carinho, atenção, respeito e doação, são alguns dos muitos ingredientes capazes de “curar feridas, aliviar dores e nutrir não só o físico, mas principalmente o interior das pessoas”. Baratos e eficazes, pequenos gestos como: um abraço sincero, um aperto de mão caloroso, um sorriso, um olhar e a mais nobre vertente da humildade, que é “emprestar” os ouvidos ao outro por alguns instantes, são, indispensáveis aos profissionais envolvidos com os serviços de saúde, em especial no campo da saúde pública. Precisamos ao pensarmos em falar em humanização, estarmos certos que cuidamos de vidas e não de figuras abstratas. Precisamos irradiar amor e interagir responsavelmente com a dor, o sofrimento e a fragilidade do outro, precisamos experimentar a beleza do cuidar no paciente recuperado, em cada atendimento em domicílio, e também em cada situação de perda ou sentimento de limitação, e até frente ao sofrimento do outro na vivência da relação humana no enfretamento da doença. Caso contrário com já dizia o grande educador Paulo Freire, nosso discurso jamais se alinhará com a verdadeira prática da humanização.