Olhos sentidos pelos acordes de ninar.

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Ontem meus olhos se reduziram numa embriaguês infinita, desnudos, banharam-se nos rios de água viva…
Hoje sobrevivi ao finito de meus olhos, coisas que passei, momentos que passo a passo me deixam feliz.

Amanhã me envolverá a alegria de um novo instante, uma nova permissão do supremo, novas emoções de vários pormenores.
Sou demasiadamente humano que pelo avesso entendo o direito.
Essa doce alquimia me transporta do bruto ao metal mais raro, outrora mais víl!

Outra vez chorei e pude sentir em meus sentidos, aquelas gotas bailando sob meu rosto, acordes de ninar. Fiquei salinizado, mas ainda estou sutíl por entre os mundos que vivo e por entre as coisas que vejo e pelas palavras que dito.
Amanhã nascerei como no primeiro inspirar, como no primeiro choro, no primeiro pulso, me expulso de mim para dentro de ti. Oh! Vida infinda!
Eterno, esse sou… Aprendiz!
Meus olhos agora cessam na esperança de um dia voltar não sei como, nem onde, nem se houver palavras.

   Por Djairo Alves ( 25-05-2011/22:36)