Psicologia Hospitalar : saberes possíveis

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Ao apresentar seminário sobre a atuação do psicólogo no contexto hospitalar me deparei com uma realidade que jamais havia pensado antes.

No inicio o autor , Valdemar Augusto Angerami ,apresenta diversos vieses do atendimento psicológico nos hospitais e começa falando sobre a despersonalização do paciente e como essa conduta é realmente corriqueira em hospitais onde segundo o autor o paciente perde sua identidade passando a ser tratado como , o 21A , ou a fratura do sexto andar. Essa situação é a primeira de muitas que de forma invasiva e abusiva não respeitam os limites da pessoa hospitalizada. Tudo passa a ser invasivo até mesmo a presença do psicólogo que se não tomar os devidos cuidados no estabelecimento do rapport será mais um estímulo aversivo. Porém ao tentar estancar o processo de despersonalização hospitalar estará ajudando na humanizaçao do hospital.

A inserção do psicólogo no contexto institucional não e´ tarefa fácil pois só ha pouco tempo que começaram a haver disciplinas sobre este assunto nas universidades.O que se vê são psicólogos embasados em teorias que não funcionam na realidade encontrada nos hospitais sendo eles obrigados a reaprenderem sua forma de atuação.

Sei que a psicologia hospitalar é aliada para tornar a hospitalização menos sofrida aos pacientes para tanto é necessário que o psicólogo tenha claros os limites de atuação a fim de não ser mais um elemento invasivo , procurando sempre nortear suas práticas através dos principios institucionais e jamais trabalhar de forma isolada.

Ainda segundo o autor o psicólogo figura de forma grandiosa no processo de humanização do hospital  na medida em que traz na sua atuaçaõ a análise das relações interpessoais.

Em aula na conclusão da apresentação o professor de psicologia da saúde ressaltou que o SUS busca modificar esses paradigmas tornando o atendimento aos doentes mais horizontal na relação profissional de saúde e paciente.