Campanha Nacional de Amamentação: incentivo ou imposição? prazer ou culpa?

Há mais ou menos 15 dias participei de uma jornada em psicanálise e me chamou a atenção o termo usado pela psicanalista quando afirmou que hoje em dia as mãe sofrem certo tipo de terrorismo para se dedicar a amamentação exclusiva de seu bebê.
Naquele momento em que escutei certa afirmação, achei o termo usado por ela muito pesado, e até me pareceu que a mesma possuía pouca propriedade a falar sobre tal assunto (ao não levar em consideração os benefícios do aleitamento materno). Mas hoje percebo que meu olhar sobre a campanha do aleitamento materno é um olhar diferente daqueles que lidam diretamente com a subjetividade.
Após algumas discussões posteriores a esse encontro pude entender o lado dessas pessoas que acredita que vivemos numa ditadura da amamentação.
A questão é a seguinte, hoje em dia a campanha de aleitamento materno exclusivo é prioridade em ações governamentais. As mães são incentivadas a a amamentar seus filhos diante dos inúmeros benefícios que este ato oferece, porém para aquelas mães que por “N” motivos não conseguem amamentar seus filhos, estariam essas de fato sofrendo certa tortura psicológica e se culpabilizando por isso diante das campanhas e estimulo por parte de profissionais e familiares? 
A meu ver a campanha é de fato fundamental, por resgatar essa importante função materna e também evitar que as crianças recebam alimentos inapropriados diante de sua imatura condição fisiológica. Mas talvez a forma como esteja sendo difundida seja o motivo de preocupação desses profissionais.
Diante disso, me propus a fazer uma reflexão maior sobre o assunto e gostaria que essa rede contribuísse para tal discussão.
As questões são as seguintes:
"Mas vale uma mamadeira dada com amor, do que um peito dado com aflição"?
As mães que não conseguem amamentar estão se culpabilizando mais diante da representatividade da campanha?
Será que a campanha acolhe a mãe na prática?
Será que essas mães são orientadas de forma sensível pelos profissionais?

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