Humanizar a Formação para Humanizar o SUS

Dário, já tenho notícias (boas) da tua fala em Brasília!

Mas, quero contribuir neste post com a experiência enriquecedora que foi levar a PNH para discussão no Pró-Saúde em Passo Fundo, no ano passado. Tarefa nada fácil, que até hoje provoca discussões (que bom) entre os "ditos experientes e os guerreiros de novas batalhas". Digo isso, porque sabemos do "enrigecimento" que a academia nos provoca e o "enrigecimento" que a burocracia nos impossibilita a transformação. Mas, como sabemos que nossa discussão não é para avaliar quem faz melhor que o outro e sim, para unir forças de modo a agregar boas práticas em saúde. Esta discussão a nível Nacional e esta "entrada" para comunicação entre os agentes envolvidos vai com certeza nos alavancar grandes negociações em prol do SUS. Patrimônio este que, em tempo, temos que preservar e inserir cada vez mais nas discussões acadêmicas.

Um abraço, Carolina – UP Minuano / RS

O Texto extá excelente. Valeria a pena buscar formas de publica-lo na  grande imprensa. Outra alternativa seria a tranmsformação dele num artigo que pudesse ser publciado em alguma revista acadêmica que tratasse a respeito de formação em saúde (em particular, formação médica). Peesoalmente  (e com alguma base na minha experiência como professor de Ensino Superior), não acredito que possamos "ensinar" humanização na Universidade (como se fosse uma disciplina com matriz curricular e tudo). Mas podemos "arejar" as práticas de formação, centrar os conteúdos em problemáticas concretas, associar pessoas e eventos às abstrações embutidas nos livros e manuais. Na formação em saúde hoje está faltando o contato com gente. Na formação médica então isso se radicaliza pois "espreme-se" cada vez mais conteúdo em pouco espaço de tempo. Imagine se levássemos estudantes de medicina desde cedo para participar de ações práticas na atenção básica e eles pudessem perceber objetivamente os prejuízos humanos e a insolvência de processos de trabalho que acontece quando profissionais médicos faltam ao trabalho. Imaginemos técncias de ensino onde esses estudantes tenham que vivenciar o papel de quem será atendido no serviço, o que os obrigaria a abandonar o útero seguro da classe média.  Ensina-se muito anatomia nos corpos mortos mas pouco contato humano prático com os vivos durante a formação. Pode parecer simplismo mas o resultado disso parece ser lidar-se com pessoas como se as mesmas fossem as abstrações encarnadas (o "sistema nervoso" falante, o "sistema digestivo" que reclama etc).

Abraço do ERASMO 
 

    Nossa, que capacidade de síntese de um assunto complicado e que delícia de texto!!!  Obrigada por concretizar num texto curto e direto algo que pode ser, portanto, facilmente disseminado! Já passei prá minha equipe de trabalho.

    Iza

 Dário,

Parabéns pelo texto.É tão bom ver a formação "querendo" o debate e se aproximando da

realidade do sistema público de saúde.Penso como o Erasmo que poderia ser publicado ou

 transformado em artigo para ser compartilhado com outras pessoas que batalham

no campo da formação mas não tem acesso a essa rede que tem contribuido

sobremaneira para meu aprendizado.

Grande abraço,

Ademarina

Prezado Dário

Nós da PNH temos o privilégio de podermos contar contigo como nosso representante "maior no MS. Tive a felicidade de estar presente no I Seminário Nacional do Pró-Saúde II e ver o 

quanto tua "palestra" impressionou, tanto pela postura, quanto pelo conteúdo evidenciado 

de algo concreto e que modifica a vida das pessoas.  Constatamos a coragem na produção

textual (na pasta do evento o teu "manifesto PNH" era o único direcionado aos participantes)

para enfrentar estruturas arraigadas no processo de formação constituído.  
 

Um grande abraço

André Meira

UP Minuano – RS