Construindo REDE quente na UP Missioneira

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Construímos este pôster de forma coletiva, como atividade do III Eixo do Curso de Pós-Graduação em Humanização da Atenção e da Gestão do SUS, 2ª edição – 2008/2009. Somos apoiadores (as) institucionais em formação, da região macro-missioneira do RS (UP Missioneira) e sentimos na co-responsabilização entre trabalhadores, gestores e usuários nos processos de gerir e de cuidar, um marco importante para a implementação de um Sistema Único de Saúde Humanizado. Nesse contexto, somos, cada um em seu espaço de trabalho, "nós" interconectados de uma mesma rede.

Mas que rede é esta, que aposta no SUS que dá certo?

É uma rede de potências… de afetos… de vivências… de encontros… de construção… de reconstrução… de perturbações… de serviços… de saberes… de poderes… de desafios… de conquistas… de apoio… de sujeitos… de objetividades… de subjetividades… de serviços… de amigos… enfim uma rede de inclusão. Rede de todos, com todos e por todos – um coletivo comum, inserida num contexto nacional com profundas desigualdades e inúmeros desafios no campo da saúde, como a ampliação do acesso com qualidade aos serviços e aos bens de saúde e a ampliação do processo de co-responsabilização entre os diferentes sujeitos implicados na gestão e no cuidado.

A rede de apoiadores da Política Nacional e Estadual de Humanização, aposta na política pública de saúde para todos. Engajados em rede, com nossas potências e fragilidades, estamos inseridos (as) no processo de produção de saúde, de produção de vida, de produção de subjetividades, para em última instância, contribuirmos com a melhoria da qualidade de vida da população.

Estamos inseridos nestes espaços de produção de saúde, de vida, cada um em sua realidade e complexidade loco regional, conectados com o global, desenvolvendo seus Planos de Intervenção, reafirmando a Política de Humanização, implantando ações / dispositivos conforme destacar-se-á a seguir:

 Ana Graziela Bortolotto, 34 anos, enfermeira, especialista em saúde pública com ênfase no programa de saúde da família,apoiadora institucional em formação, facilitadora da Casa AMA (casa de auto e mutua ajuda em saúde mental no município de Ijui). Espaço este em construção no município, como uma nova proposta para compor a rede para um SUS que da certo. Minha intervenção  será focada na rede municipal onde a casa está incerida e como estas redes se articulam entre si, e também participarei da construção de um espaço para acolhimento e aconselhamento de mulheres que sofrem violência.

 

 

Ângela Adam Martins, nutricionista da Secretaria Municipal de Saúde de Pejuçara/RS há 3 anos. Membro do Colegiado Gestor da instituição, formado através do dispositivo Co-gestão, proporcionado pelo processo de intervenção da PNH através da formação da primeira apoiadora institucional do município, na 1° edição deste curso. Agora, como apoiadora institucional em formação nesta segunda edição, pretendo apostar na Clínica Ampliada, na formação de redes entre os profissionais da equipe multidisciplinar, com o olhar coletivo frente às diferentes necessidades, indo em busca da defesa da vida.

 

 Caroline Mergen Heberle, apoiadora institucional em formação, enfermeira de uma das equipes da Estratégia Saúde da Família do município de Augusto Pestana, município este localizado no noroeste do estado do Rio Grande do Sul, com uma população de cerca de 7.273 habitantes. Estamos disparando processos de mudanças em busca de um SUS que dá certo, com a implementação do GTH – Grupo de Trabalho em Humanização, buscando o aumento do grau de comunicação entre os diferentes sujeitos do processo.

 

 Cíntia da Costa Müller, fonoaudióloga da Secretaria Municipal de Saúde de Panambi, RS há 5 anos e meio. Integro o GTH desta Secretaria desde 2005. O município tem Apoiadora Institucional formada na primeira turma desse Curso, com Plano de Intervenção em Co-Gestão e eu tenho Plano de Intervenção apoiado em Grupo de Trabalho de Humanização buscando maior Valorização do Trabalho e do Trabalhador.

 

 Eliana Elisa Rehfeld Gheno, enfermeira, especialista em saúde pública com concentração em Programa de Saúde da Família, apoiadora institucional em formação, instrutora da ESF no município de Nova Ramada, pequeno município do noroeste do estado do Rio Grande do Sul, com uma população de cerca de 2461 habitantes. Estamos fomentando mudanças na atenção e na gestão em busca da efetivação do SUS que dá certo em Nova Ramada. Na primeira edição do curso, o município teve a apoiadora institucional que fomentou a Clínica Ampliada como plano de intervenção. Neste ano, para ampliarmos realmente a clínica, aposto na Co-Gestão, com a implantação do Colegiado Gestor na Atenção Básica.

 

 Eliete Beatriz Haupenthal, enfermeira na Unidade Sanitária e ESF, do município de São José do Inhacorá, com 2.132 habitantes, situado na região Noroeste do Estado do RS. Trabalho há 08 anos neste local, e tenho como Plano de Intervenção o dispositivo GTH – Grupo de Trabalho Humanizado, na qual vou buscar reativá-lo, com o objetivo de aproximar e integrar os trabalhadores da SMS, possibilitando melhorar a atenção e gestão.

 

 Eloisa Pillon, enfermeira da Secretaria Estadual da Saúde, lotada na 12ª CRS, responsável pelos Programas de Saúde Mental, DST/AIDS, Política de Alimentação e Nutrição. O Plano de Intervenção é a respeito da rede de regional de Saúde Mental que se encontra em vias de reestruturação devido à diversidade de serviços que foram instituídos e necessitam criar estratégias de funcionamento de forma conjunta.

 

 Ender Masabiel Rolim, Cirurgião-Dentista, Especialista em Saúde Coletiva, trabalho na secretaria de saúde do município de Inhacorá-RS, região noroeste do RS, com 2382 ha. Como apoiador institucional em formação da 2ª edição deste curso, junto com a equipe da secretaria de saúde de Inhacorá, apostamos na formação do GTH como o caminho na aproximação dos diferentes sujeitos no município (trabalhadores de saúde, gestão, comunidade em geral).

 

 Evelize Rubia Guth, enfermeira, especialista em Urgência, Emergência e Trauma e apoiadora institucional em formação. Trabalho no município de Bozano, na equipe de ESF. Meu plano de intervenção é o GTH como estratégia de intervenção para fortalecer a humanização da atenção e gestão do SUS em Bozano.

 

Ivete Maria Kreutz, Apoiadora da PNH/PEH, Nutricionista/Sanitarista, Mestre em Educação nas Ciências, está inserida na Rede SUS – 14ªCRS. Integrante do Grupo de Estudos Paulo Freire da Unijuí, da Comissão de Integração Ensino Serviço (CIES-14ªCRS). No Plano de Intervenção aposto nos desafios da Co-Gestão e da Humanização da Atenção e da Gestão do SUS, junto ao CIES da 14ªCRS e, também, na implementação de um CIES em cada município, para de forma interconectada e intecomplementar avançarmos na política de Educação Permanente em Saúde a nível loco regional.

 

 Marisandra Cardoso, Pedagoga Organizacional, apoiadora institucional em formação e coordenadora do GTH do Hospital de Caridade de Ijuí, referência para a região noroeste do Estado do RGS, tem 73 anos, atualmente 200 leitos e 920 colaboradores. Tem implantados dois importantes dispositivos da PNH: GTH (Grupo de Trabalho de Humanização) e Acolhimento com Classificação de Risco no PS, fomentado pela apoiadora institucional da primeira edição do Curso, neste ano o atual Plano de Intervenção é Acolhimento no CACON (Centro de alta Complexidade em Oncologia).

 

 Tutora Lúcia Otoneli Crescente, funcionária pública estadual, vinculada a 17ª Coordenadoria Regional de Saúde tendo como sede o Município de Ijuí e integro o Colegiado da Política Estadual de Humanização da SES, desafio este complexo, pois a Secretaria Estadual de Saúde do Rio Grande do Sul está sendo desafiada a experimentar a PNH em sua instância e estrutura deixando de ser uma instância que "manda fazer" para sentir as dores da construção no cotidiano de seu espaço de vincularmos a atenção e a gestão. Este Colegiado da Política tem tido o desafio de contribuir também para o fortalecimento do Comitê Estadual de Humanização.

Ser tutora dos apoiadores institucionais em formação em nossa UP Missioneira nos coloca o desafio de entrelaçarmos infiltrações visando fortalecimento da política de humanização nas diversas instâncias: locais, regionais, macro regionais, estadual e nacional. Esta segunda edição do curso com o protagonismo da Escola de Saúde Pública contribuindo na coordenação do Curso juntamente com a URGS tendo apoio decisivo do Ministério da Saúde. tendo alunos vinculados a Secretaria Estadual de Saúde, inova em sua essência potencializando a Política Estadual de Humanização juntamente com os coordenadores regionais de humanização vinculadas as Coordenadorias bem em conjunto com os Comitês Regionais.

Outro ponto de infiltração de nossa rede de articulação é os Colegiados de Gestão Regional, que é uma aposta do Pacto pela Saúde que se direciona pela diretriz da co-gestão envolvendo gestores Estaduais e municipais na co-responsabilização da política pública regional.

Os Conselhos de Saúde, espaço de inclusão dos diversos sujeitos como preconiza a PNH, tem sido também acionados pelas intervenções como uma aposta de defesa e fortalecimento do SUS.

Também temos orgulho de termos em nossa UP Missioneira, sendo aluna da 1ª edição do Curso Claudia Mahttes do Município de Pejuçara que hoje atua como editora da Rede Humaniza.

A UNIJUI, Universidade esta que tem sido não só apoiadora, mas construtora da PNH em seu cotidiano interagindo diretamente com as ousadias implementadas pelos apoiadores da edição 2007 e se repetindo agora com a turma 2008.

Temos também diversos alunos da UNIJUI fazendo seus TCC aprofundando os dispositivos disparados na região sendo construtores desta política por seu encantamento com seu potencial de transformação a partir de diversos movimentos desencadeados envolvendo a Universidade. Nosso desafio agora é termos a capacidade de potencializar toda esta produção.

Temos mais desafios: ampliar a integração com os apoiadores da 1ª edição do Curso dentro desta grande rede que temos certeza que vai além de uma rede de serviços mas rede de sujeitos inovando na gestão e na atenção… mais do que isto sujeitos se reconstruindo permanente pois acreditam na potência do encontro como nos traz Ricardo Teixeira.

Somos rede… e para nos fortalecermos enquanto sujeitos, nos reconstruímos no dia-a-dia como a águia (mensagem em anexo) tendo que, muitas vezes, nos resguardar e começar um processo de renovação, para continuar o vôo em direção ao que acreditamos.Compreendemos este percurso, um processo de recolhimento e renovação, para alçarmos, tal como ela, novos vôos, com a construção de novas parcerias amparados em atitudes coletivas, democráticas e inclusivas.