Capacitação dos ACS de Cidade das Rosas e Guajirú, Grande Natal: relato de experiência

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Introdução: Esta intervenção foi realizada durante o Internato de Saúde Coletiva do Curso de Medicina da Universidade Federal do Rio Grande do Norte-UFRN, desenvolvida pelos doutorandos Amanda Risuenho e Beatriz Bento, do 9º  período, e Tarcísio Bessa, do 12º período, realizada na Unidade Básica de Saúde de Cidade das Rosas, em São Gonçalo – Grande Natal/Rio Grande do Norte (RN), coordenado pela profª Dra Ana Tania Lopes Sampaio, sob a tutoria da Profª Isabel Cristina e preceptoria da médica Rosângela Cunha e da Enfermeira Aline.

O internato em Saúde Coletiva da UFRN é composto por 7 semanas de atividades em Unidades Básicas de Saúde e vivências apresentadas em grupo sobre a comunidade e a inserção da saúde nesta. Nesse período fazemos diagnósticos de comunidade, lidando diariamente com a realidade dos usuários do SUS dos interiores do estado e acompanhando suas dificuldades de acesso à saúde, sempre reforçando os príncípios do SUS em nossos conceitos.

Ao longo de nossa trajetória em Cidade das Rosas, necessitamos utilizar as fichas “A” das duas áreas adscritas da UBS para levantamento de dados epidemiológicos. Nesta ocasião vimos que havia muita discrepância de dados entre os documentos das duas agentes e comunitárias de saúde e, a princípio, não entendíamos o porquê desta diferença, uma vez que as duas áreas são muito próximas, separadas apenas por um rua. Ao ouvirmos os relatos e levantamentos de nossos colegas, vimos que tal discrepância não ocorria apenas na nossa Unidade, mas em outras também. Imaginamos, e confirmamos depois, que existiam muitas dúvidas no preenchimento das fichas, de forma que para uma mesma informação cada ACS marcava uma alternativa que mais lhe fosse conveniente, independente do que descrevia o manual.Tendo em vista tais atropelos de informação e coleta de dados, intervimos neste crítico ponto.

Metodologia: Fizemos uma manhã de capacitação com todos os agentes de saúde de Cidade das Rosas e do Guajirú, através de uma exposição dialogada,onde muitas dúvidas foram esclarecidas acerca do preenchimento das novas fichas de recadastramento da comunidade. As fichas foram impressas e entregues a cada um dos ACS e nós, da organização, fomos e lendo e explicando cada um dos itens, esclarecendo conceitos e formas de organizar de forma mais adequada a informação, de maneira clara, segura e fiel à realidade. Nesta ocasião foram entregues manuais impressos de preenchimento fichasdas novas do e-sus (disponíveis na internet) a cada um deles, para esclarecimento de possíveis dúvidas futuras que possam vir a ocorrer.

Conclusão: Toda essa manhã foi demasiadamente proveitosa. Muitas dúvidas quanto aos conceitos, melhores formas de abordar o usuário, qual espaço preencher foram sanadas, contribuindo para fidelização da informação que irá alimentar os sistemas de informação. As fichas apresentadas foram as de "cadastro individual", "cadastro domiciliar" e "ficha de visita domiciliar". Além do aperfeiçoamento técnico, tal ocasião foi mais uma de confraternização e estreitamento de vínculos entre a equipe de saúde e os doutorandos e a médica, vindo a reforçar a importância da equipe multidisciplinar e interdependente. As Agentes Comunitárias de Saúde que participaram da intervenção ficaram muito agradecidas pela forma inovadora como a matéria foi transmitida, além de se conscientizarem da grande importância que o agente tem na comunidade, sendo o pilar de toda a informação e comunicação entre a UBS e a população.