PROMOÇÃO DE SAÚDE DO TRABALHADOR E DO TRABALHADOR DE SAÚDE NO SUS?

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Olá, amigos e colegas!!!

Inicialmente, gostaria de comunicar que este post surgiu em virtude de uma disciplina de Psicologia da FISMA, chamada Psicologia da Saúde. Viemos trabalhando durante o bimestre com textos que explicitam como se dá o trabalho de Psicologia dentro da saúde. Debatemos "incessantemente" o texto de Gastão com o subtitulo PAIDEIA, o qual contribuiu para um olhar amplo e dinâmico das propostas de co-produção que se articulam na saúde.

Baseado nestas leituras e outras que se sucederam, foi proposto pelo profº, fazermos uma publicação a partir da leitura de um artigo de nossa escolha, porém, o qual deveria estar contido nos Anais do I Seminário da Política Nacional de Promoção à Saúde. A partir de então, seguido das leituras, escolhi um artigo que falasse da promoção de saúde do trabalhador, visto que, também sou profissional da saúde e dentro do meu contexto que é o hospitalar, desconheço essa prática.

Sabemos que o trabalho é aquele que nos promove enquanto sujeito, somos cientes que por meio do trabalho somos respeitados, vivenciamos inúmeras relações, adquirimos uma identidade, enfim, o trabalho "é prazer, revelação, criação". Por outro lado, e acredito que uma grande parte, tanto o trabalho quanto o ambiente de trabalho são motivos de tristezas, dor, adoecimentos, enfim, uma gama de processos prejudiciais à saúde destes trabalhadores.

Considerando, os três princípios fundamentais para o trabalho: transversalidade, indissociabilidade e autonomia, gostaria de saber, onde estes se encaixam num ambiente Hospitalar Público?  Nós profissionais da area da saúde, estamos em constante movimento para compartilhar outras vidas, e para isso nos "aliamos" a gestão da empresa, e somos protagonistas de produções de saúde, mas, quando reverte-se a situação e somos nós que precisamos de atenção, estamos sozinhos, isolados, enfim, não temos suportes para nos acolher, ou seja, " o adoecimento dos profissionais de saúde é um problema de saúde pública que ainda não foi contemplado nas ações da saúde".

E ai me questiono? Como falar em Promoção de Saúde, se a própria saúde do cuidador esta totalmente fragilizada. Como posso auxiliar o outro na sua autonomia, no seu reconhecimento enquanto sujeito, no seu "devir humano", se eu mesma também estou fragilizada, precisando de cuidados, de ser reconhecida enquanto cuidadora, de possuir um vínculo forte com minha equipe de trabalho…Onde esta a promoção de saúde do trabalhador? Quais são os dispositivos que embasam essa prática, e como promover isso de forma eficaz?

Seriamente, tento de todas as formas reverter esse jogo, e encontrar espaços dialógicos para essas questões, mas infelizmente, parece tudo ficar no vazio, na escuridão, onde todas as pessoas sabem que o problema esta ali, mas fingem não ver….Muita indignação!!!! 

Então, de acordo com Rollo, " O SUS QUE ALMEJAMOS PRECISA TER A 'CARA DE TODOS'. O SUS QUE QUEREMOS, 'QUE TEM A CARA DE TODOS, PODE SER SENTIDO EM TODOS OS LUGARES, NA SINGULARIDADE DE EXPERIMENTAÇÕES […] (2006)". Acredito nisso..Um dia quem sabe???

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