7ª Semana de Humanização do HILP: Discutindo saúde e cuidando da saúde dos cuidadores Parte II

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O Grupo de Trabalho de Humanização do HILP deu inicio na quarta feira (23) a 7ª Semana de Humanização do HILP: Discutindo  a produção de saúde e cuidando da saúde dos cuidadores, um evento que tem como objetivo discutir o SUS, as práticas de trabalho e a saúde dos cuidadores, fortalecer o protagonismo dos usuários e valorizar a saúde dos cuidadores.

De manhã cedo, houve a acolhida dos usuários na Barraca dos Usuários, com uma breve fala dos profissionais sobre o SUS e sobre a PNH, com música ao vivo. Na oportunidade, houve panfletagem com disponibilidade do cordel – O dia em que o SUS visitou o cidadão, Carta dos Direitos dos Usuários da Saúde, folder da ouvidoria do SUS local, e o Manual do usuário/acompanhante do HILP.

Na sequência,  cada criança/usuária recebeu um brinquedo, fruto de doação de várias firmas comerciais. Durante uma hora e meia, a música ao vivo invadiu o espaço ambulatorial, contagiando usuários e trabalhadores, que tomaram de conta dos corredores de espera, bailando como se estivessem num club. Enquanto isso, os usuários foram provocados para falarem sobre o SUS e sobre o atendimento do HILP. O objetivo era fazer uma escuta sobre o SUS e sobre o atendimento no hospital numa perspectiva de identificar as demandas e suas dificuldades em relação ao sistema e ao hospital, e melhorar o atendimento.

Para Adriana (36 anos) residente no município de Esperantina-PI, “ o SUS, em relação ao que era antes, melhorou mas precisa melhorar mais” Já a Francisca, residente em Coelho neto-MA, falou que o SUS melhorou bastante, e que foi bem atendida no HIlP” Para o Edvaldo residente no município de São João do Arraial-PI e Lena residente em Cocal da Estação-PI, o acesso para agendamento de consulta com os cirurgiões ainda é muito difícil. A espera foi grande para conseguirem o atendimento. A Irislene, residente em Piripiri-PI, disse ter gostado muito da acolhida musical, e achou interessante a escuta dos usuários, sobre o SUS. A Patrícia, residente em Teresina, enfatizou que deveria haver com frequência movimentos que estimulassem o diálogo sobre o SUS. Acrescentou que as pessoas somente conhecem o lado negro do sistema. “ Gostei de ter sido recebida com música, porque saiu da rotina”, finalizou a usuária. A Janiele, residente em Amarante-Pi, reclamou da demora da chegada do médico que atendeu o filho. Acrescentou que o atendimento do hospital precisa melhorar. Ana, moradora de Teresina,  reclamou da dificuldade para o agendamento da consulta na data desejada. Os depoimentos dos usuários foram transcritos em folhas de papel, e disponibilizados numa corda com pegadores na Barraca dos Usuários, dando a idéia de um cordel, para uma maior visibilidade dos depoimentos, numa perspectiva de que os trabalhadores reflitam as demandas apontadas e produzam mudanças.

Ainda no turno da manhã foi realizada uma grande roda de conversa com os pais/acompanhantes das crianças internadas  para uma reflexão/escuta  sobre a saúde  e a saúde que estamos produzindo no hospital. A maioria dos usuários disse estar satisfeita com o atendimento recebido no hospital, tanto em relação ao acolhimento quanto à resolutividade do tratamento. As reclamações mais relevantes foram direcionadas à ambiência do hospital. Estamos num período muito quente, e a climatização está deficitária pelo desgaste dos aparelhos de refrigeração. A reclamação mais robusta, feita por um dos pais, foi em relação a cirurgia do filho, que foi adiada sem os devidos esclarecimentos.

Hoje (24), o foco das atividades foi a saúde dos cuidadores, numa valorização do trabalho e da saúde desses sujeitos. A programação se iniciou com uma sessão de ginástica laboral para os trabalhadores, com a participação de uma fisioterapeuta do CEREST, seguida com oferta de aferição de PA, teste rápido de glicemia e Hepatite A e B, tendo em vista avaliar e monitorar a saúde dos trabalhadores, colaborando na melhoria da qualidade de vida dos cuidadores.

À tarde, tivemos uma palestra/discussão sobre o trabalho e a saúde do trabalhador, com a enfermeira Luciana. O objetivo era discutir o contexto do trabalho no cotidiano do hospital, refletindo os modos de fazer, identificando as ações que produzem desgastes, sofrimentos e adoecimentos, numa perspectiva de melhorar a organização dos processos de trabalho e a saúde dos trabalhadores.

As demandas identificadas serão levadas para problematização no colegiado gestor do HILP.

Amanhã segue a programação com debates, dança circular, finalizando com distribuição de presentes e um coquetel, em homenagem ao dia do servidor público que se aproxima (28).

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