Mesmo nossa mais sólida auto-imagem
É uma composição momentânea de luz e sombra
Podemos ter expressões faciais recorrentes
Pequenas marcas que persistem e denunciam nossa descendência
Ao nos vermos reiteradamente em imagens digitais, neste império do indivíduo
Não é um super eu que aparece
Começamos a ver nosso pai, uma das avós, ou a mãe
Um ou outro traço, uma marca de conexão
Mesmo a multidão em nós, tem suas muitas ligações com outros…
A alma do eu é uma perspectiva do espírito
E o espírito, é como uma alma coletiva por onde Deus persiste em sua criação…
Eu sou o processo, minha essência é estar em curso
A sombra que mergulha na luz
A luz que contorna a singularidade, e a deixa nua, dá o animo que dispara a vida
A potência alegre em Espinosa
A vontade de potência em Schopenhauer
A vontade de poder em Nietzsche
A adaptação em Darwin…
A origem da vida explode
E ao expandir-se cria o espaço e as direções e que ele se eleva ou mergulha
O eu é um evento dessa expansão não, um fim, e nem "a" finalidade…
Somos passagem.
