Síntese do texto: Paidéia e a Gestão: Indicações Metodológicas sobre o Apoio

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O apoio Paidéia faz referência a uma construção coletiva de atravessamentos políticos, cognitivos (conhecimentos, informação) e afetivos entre os atores envolvidos em determinado processo. Atravessamentos abertos a analise dos atores que sofrem seus efeitos, através da estratégia da roda de conversa.
Trata-se de uma metodologia dialética (prática-teoria-prática) de ação que faz transparecer as relações entre a clínica e a gestão, entre os atores institucionais, entre a instituição e o que está fora dela. Transparece as relações entre conhecimento, comportamento político e comportamento afetivo, como dito anteriormente.
Neste texto, o autor faz menção ao conceito de política de movimento, voltada para a coprodução, a cogestão, a construção de acordos coletivos, em oposição à guerra de posição, para a qual a ideia de acordo, do contrato entre as partes contendoras ou demandantes nega o princípio político vigorante, que é o de exclusão do outro, tratado como adversário. Política de movimento corresponderia então às estratégias paidéia.
Outros aspectos importantes para o fenômeno paidéia seriam: 1 – a ênfase no momento presente da realidade, ainda que história (passado e futuro/fantasia e utopia ) devam ser considerados. Contudo, o interjogo subjetivo acontece no momento presente; 2 – este fenômeno-processo não tem a condição de disparador sistemático de decisões relacionadas a problemas no campo da saúde que têm relação com a condição técnica e burocrática da resolução de problemas emergentes e de alto teor objetivo. O que não significa que processos paidéia não possam atravessar o enfrentamento destes problemas, modoficando-lhe a cultura de seus agenciamentos e gerenciamentos.
O texto em processo de síntese, por fim, objetiva esclarecer as múltiplas possibilidades e finalidades do apoio paidéia. Como sendo algo possível de ser realizado por qualquer ator institucional ou de fora da instituição, podendo abranger a tríplice finalidade das organizações: “qualificar a ação institucional para o cumprimento de finalidades externas ao grupo – produzir valores de uso para outros -, para a defesa e reconstrução da própria organização e para assegurar o desenvolvimento e a realização pessoal e profissional do grupo apoiado”.