Servidor tocantinense fala dos êxitos e desafios junto ao “Programa Estadual de Controle da Tuberculose”

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Por Sonielson Luciano de Sousa

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Foto: Sonielson Luciano de Sousa

Empossado há menos de 1 ano no Concurso do Quadro Geral do Tocantins, como assistente administrativo, o farmacêutico Vinícius Gonçalves, 23 anos, logo acabou por ser enquadrado num programa de apoio à saúde pública local. Em decorrência de uma demanda da Sesau – Secretaria Estadual da Saúde, Vinícius trabalha no Programa Estadual de Controle da Tuberculose. Ele faz parte de uma equipe que viajou de Palmas para Brasília para explanar, durante a IV Mostra Nacional de Experiências em Atenção Básica/Saúde da Família, as ações exitosas do programa no estado, e na oportunidade concedeu a entrevista abaixo ao (En)Cena.

(En)Cena – Como você foi parar no serviço de saúde pública do Tocantins?

Vinícius – Eu fui aprovado no último concurso do Quadro Geral, e como havia necessidade de equipe no Programa de Controle de Tuberculose, acabei sendo enviado para o setor. Na verdade, sempre tive interesse por esta área [da saúde] e considero um excelente desafio profissional participar da equipe.

(En)Cena – O que exatamente você faz no seu trabalho?

Vinícius – Eu ajudo a equipe a dar suporte a todos os municípios que atuam no combate e tratamento da Tuberculose. Além de oferecer capacitações, pois temos que ter sensibilidade e temperança para lidar com a pessoa doente, também viajo muito pelo interior para fazer o acompanhamento das equipes locais. Mas, em Palmas, há todo um trabalho constante de controle de medicamentos, geração e distribuição de formulários, confecção de relatórios…

(En)Cena – O que de mais interessante você notou ao entrar para a área de saúde pública?

Vinícius – Eu fiquei impressionado com a dimensão do Sistema Único de Saúde, e a forma gigantesca como municípios, estados e governo federal têm que atuarem para que a saúde seja de fato universal. Então esta complexidade do sistema, que ao mesmo tempo apresenta respostas para inúmeras demandas que vão surgindo constantemente, me deixou realmente impressionado com esta área.

(En)Cena – Como funcionário público, você já pensou em trocar de área de atuação?

Vinícius – Não, eu me identifiquei imensamente com o que faço. Claro que penso – e estou até estudando – para fazer outros concursos públicos, mas manterei o meu foco na área de saúde pública.

(En)Cena – E o que você e a equipe que você faz parte vieram contar na Mostra?

Vinícius – Viemos alertar para a necessidade de as pessoas procurarem os postos de saúde e, com frequência (sobretudo as pessoas com imunodepressão), fazerem o teste para Tuberculose. Nosso objetivo é mostrar que existe um padrão de falta de adesão dos pacientes ao tratamento, muitas vezes por total falta de conhecimento de como o processo funciona. Também viemos alertar para a questão do consumo do álcool, que deve ser evitado pelo paciente. Este trabalho de conscientização requer que o agente de saúde crie uma empatia, uma aproximação com o paciente, para a partir de uma relação de confiança poder atuar de forma significativa para o sucesso no tratamento. Assim, há uma abordagem que envolve, também, um cuidado com o outro, um acolhimento, já que o objetivo é que se abandone o tratamento e comprometa, inclusive, as outras pessoas da casa.

(En)Cena – O que é necessário para fazer o teste?

Vinícius – Basta se dirigir a uma das unidades básicas de saúde da cidade, e no caso das pessoas que são portadores de HIV, devem se encaminhar para o Henfil, na área Norte de Palmas. O teste é simples, e recomendado sobretudo para aquelas pessoas que estão há algumas semanas com tosse insistente. Não se deve perder tempo!

Texto originalmente publicado no portal (En)Cena.