Acolhimento como prática de produção de Saúde

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Participando do curso de Acolhimento nas Portas do HUCAM ( Hospital das Clinicas – UFES, que foi realizado pela Câmara Técnica de Humanização,  eu pude compreender que na prática o acolhimento deve ou deveria pelo menos estar presente em nosso cotidiano, em nosso lar, com nosso amigos, a nossa volta e com todos. O processo de anestesiamento das relações humanas em que vivemos em nosso dia a dia, nos eleva para a indiferença, individualismo, anestesiamento também na nossa escuta e engessamento da nossa capacidade de desenvolvimento coletivo afetuoso.

Pois, a vida não é o que se passa apenas em cada um dos sujeitos, mas principalmente o que se passa entre os sujeitos, nos vínculos que constroem e que os constroem como potência de afetar e ser afetado.

Percebo o quanto muitos profissionais estão despreparados para tal, acreditam que fazem sempre o melhor e que não fizeram mais que sua obrigação, pois bem, sinto afirmar com absoluta certeza estão equivocados  e precisam repensar sua práticas consigo mesmo e com o outro.

A cada dia exercito a acolhida ao outro, sem esquecer que em algum momento eu também necessito ser acolhido. Devemos acolher de forma a contribuir na produção de saúde e não de forma contrária a isso.

É preciso efetivar as diretrizes do SUS, e acredito que estejamos construíndo juntos essa efetivação, o caminho ainda é longo, mas estamos caminhando…Juntos!

Obs: Muitas vezes percebo que o acolhimento, tem vindo dos pacientes para com alguns profissionais, ou seja, fazendo- se de forma inversa.

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