Como e Por Que as Desigualdades Sociais Fazem Mal à Saúde

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No Brasil ao aprovar o capítulo sobre a saúde na Constituição Federal de 1988, os representantes do Congresso decidiram que a saúde é um direito de todos e que deve ser garantido mediante ações de política pública, porém as desigualdades sociais em saúde sempre estiveram presentes.
Na tentativa de explicar essas desigualdades, há teorias simplistas. A primeira diz que o problema está na utilização dos recursos disponíveis, seja por incapacidade do indivíduo, seja por características de organização dos próprios serviços. Essa explicação é rapidamente derrubada pela constatação de que as desigualdades não desaparecem naqueles países em que existem sistemas nacionais de saúde com garantia de acesso universal para todos os grupos sociais. Outra teoria falha é a que atribui às desigualdades os diferentes graus de desenvolvimento da assistência médica entre os países. Não justifica, pois as desigualdades vêm aumentando ao invés de diminuírem com o passar do tempo, enquanto as tecnologias médicas, inclusive nos países mais pobres têm aumentado. A terceira teoria diz que a desigualdade faz parte de um ciclo vicioso, que consiste no fato de que as pessoas doentes não
conseguem ter um desempenho social satisfatório e por isso encontram-se em posições desfavorecidas, mas muitos estudos longitudinais derrubam essa justificativa. Depois, a autora cita a teoria de que o estilo de vida dos indivíduos é o principal responsável pelas desigualdades sociais, pois eles são livres para escolher a qualidade de sua moradia e suas condições de trabalho, o que eu não concordo plenamente, pois algumas pessoas simplesmente não têm oportunidades, nem condições de ter uma boa qualidade de vida e trabalho.