A cartilha que nos foi repassada para leitura nos mostra que a Gestão Participativa, se constitui num valioso instrumento para a construção de mudanças nos modos de gerir e nas práticas de saúde. A cogestão é um modo de administrar que inclui o pensar e o fazer coletivo. Esses espaços coletivos, garantem que o poder seja de fato compartilhado, por meio de análises, decisões e avaliações.
Sendo assim, a cogestão seria exercida não por poucos ou alguns, mas por um conjunto mais ampliado de sujeitos que compõem a organização. A inclusão de novos sujeitos neste processo, traz como efeito a corresponsabilização, uma vez que as definições, na forma de produção de tarefas, são coletivas. O prefixo "co", nesta perspectiva, indica para o conceito e a experimentação da gestão um duplo movimento: a adição de novas funções e adição de novos sujeitos.
Mais um dispositivo que a Política Nacional de Humanização nos traz, capaz de provocar inovações nas práticas de cuidado e gestão no SUS, fortalecendo assim as redes de saúde.
Vale lembrar que o exercício da gestão ampliada e compartilhada, para produzir mudanças nas organizações de saúde, requer vontade política, senão corre o risco de se transformar a cogestão apenas em um exercício discursivo.
