Trabalho e Redes de Saúde
É difícil falar em PNH e Gestão do SUS, sem falarmos em trabalho e redes de Saúde. As redes de Saúde na realidade, é o pré requisito, que garante a resolutividade das ações de saúde, dentro do princípio da integralidade e da transversalidade. Só assim, a prática da saúde, pode ser dinâmica e real, deixando de ser estática.
Qual a serventia que terá a comunidade ampliada, se não tiver como resultado, a consolidação das redes e a operacionalização destas, na política de saúde? Precisam deixar de ser uma ideologia para ser uma realidade, diante de uma necessidade incontestável! Sabemos, que para isso, os vínculos e a corresponsabilização entre usuários, trabalhadores e gestores, é essencial, para que existam os métodos ou estratégias de articulação de ações. Diante disso,faço a pergunta: O que se fazer então, para as redes de saúde funcionem de fato, se essa condição passa a ser mais do que nunca, espinha dorsal da proposta da Política Nacional de Humanização, dentro de uma perspectiva mais ampliada? Entendo a enorme valia e contribuição que a comunidade ampliada, a CIPA, entre outras modalidades de organização à favor do trabalhador e da cidadania(CTH, GTH, PFST, Medicina do Trabalho, entre outros grupos) têm, para fazer impulsionar e acontecer, tudo o que falta acontecer ainda; porém, é preciso, que se entenda que as discursões , devem ser apenas o ponto de partida e não de chegada
Trouxe a temática das REDES, como uma da conquistas ou maior desafio da PNH, no momento; mais sabemos que teremos outros desafios, nesse contexto de fazer saúde humanizada, consolidada e efetiva, para uma comunidade extremamente carente de saúde como o Brasil.
Maceió,junho de 2014
Roseana de Carvalho Sampaio.
Por Sérgio Aragaki
Roseana:
Concordo plenamente. Saúde se produz em rede. Incluindo as diversas unidades que atendem as pessoas e as diversas instâncias de gestão. Incluindo gestorxs, trabalhadorxs e usuárixs. Colocando as dúvidas, discordâncias na mesa, com respeito e cuidado, compartilhando informações, esclarecendo, negociando o que é melhor e possível no momento atual em cada local. Produzindo redes de conversações, colaborações, corresponsabilizações. Saindo do circuito de culpar ou de atribuir responsabilidade às outras pessoas e instituições, eximindo-nos de uma análise mais ampla, crítica e propositiva.
Ter clareza disso tudo, no meu entendimento, já é um bom passo. E que se fortalece ao irmos produzindo coletivos que se organizem para isso: análise mais complexa, compartilhamento de informações, busca de soluções democráticas, éticas, fazendo junto.
Abs,
Sérgio