UPA e UBS. Sabe o que significam essas siglas?

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Trabalho num hospital para atendimento especializado, e é muito comum chegar usuários desinformados sobre o processo de regulação do SUS,  buscando  atendimento  de  urgência,  e  ainda  ficam  irritados  quando  são direcionados para uma UBS, e ou para um atendimento de urgência, de fato.

Compartilho este texto que traz informações sobre a diferença entre UPA e UBS, apresentando dicas importantes sobre o que fazer nos casos de atendimento de emergência.

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Você sabe aonde ir quando está gripado? E quando seu filho está com febre, para onde o leva? Ao hospital do município? E se sua tia cair e fraturar a bacia, o que você vai fazer? Conheça melhor o que cada unidade de saúde do Sistema Único de Saúde (SUS) está habilitada para atender, e saiba o que fazer em casos de emergência ou quando sintomas desagradáveis aparecerem.

Os problemas de saúde mais comuns, o dia-a-dia da saúde e os exames de rotina devem ser feitos nas Unidades Básicas de Saúde (UBS), mais conhecidas como postos de saúde. O objetivo desses postos é atender até 80% dos problemas de saúde da população, sem que haja a necessidade de encaminhar aos hospitais. Já para os casos de agravo, urgências, como acidentes, fraturas, infartos e AVCs, o paciente será encaminhado para alguma Unidade de Pronto Atendimento (UPA 24h).

UBS – As UBSs são a porta de entrada do SUS. É na Unidade Básica de Saúde que os cidadãos têm as consultas regulares, recebem acompanhamento, medicamentos e vacinas. Os postos costumam estar dentro dos bairros e abrangem uma determinada região, estão próximos de onde as pessoas trabalham, estudam e vivem. Têm o mais alto grau de descentralização e capilaridade no território nacional. As equipes das UBSs devem conhecer a realidade local e as pessoas que ali vivem.

As UBSs fazem parte da estratégia da Atenção Básica. Tal estratégia é desenvolvida pelas equipes de Saúde da Família (eSF) e outras modalidades de equipes de atenção básica, pelos Núcleos de Apoio as equipes de Saúde da Família (NASF), pelas equipes dos Consultórios na Rua e as de Atenção Domiciliar (Melhor em Casa). Todas assumem a responsabilidade sanitária e o cuidado com as pessoas de determinada região, priorizando as necessidades de saúde mais frequentes.

UPA – Já a UPA 24h é a unidade fixa de urgência e emergência e está inserida na rede Saúde Toda Hora. É um serviço da alta-complexidade e está diretamente ligado ao SAMU – Serviço de Atendimento Móvel de Urgência. Na UPA, o paciente será apenas estabilizado, pois não é uma unidade de internação. Estima-se que 90% dos problemas de saúde que chegam até essas unidades são resolvidos sem necessidade de encaminhar o paciente ao pronto-socorro de um hospital.

“Na UPA o paciente é estabilizado pelo clínico geral, que tem a disposição todo o equipamento de urgência. O paciente pode até ficar em observação um pouco, mas não fica mais que 24 horas na UPA. Dependendo do estado de saúde, ele é encaminhado a uma unidade de internação – um hospital – ou volta para a UBS onde continuará sendo assistido”, explica Laercio Gonçalves, da Coordenação-Geral de Urgências e Emergências (CGUE) do Ministério da Saúde.

Existem ainda dois tipos de hospitais. Os que dispõem apenas de internação e os que também têm pronto-socorro. A diferença principal da UPA para o pronto-socorro, segundo Laercio, é que a primeira é sempre 24 horas. “As UPAs desafogam o pronto-socorro dos hospitais”, comenta Laercio Gonçalves.

Fonte: Lucas Pordeus Leon / Blog da Saúde