ESPIRITUALIDADE NA EDUCAÇÃO EM SAÚDE

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       O Texto destaca que estudos antropológicos tem evidenciado que as dimensões religiosas continuam presentes na sociedade na compreensão do processo de adoecimento e cura. A visão dualista da ciência, que separa o mundo do espírito do mundo da matéria não tem privilegiado as dimensões religiosas na investigação da origem das doenças e nas alternativas terapêuticas. As práticas religiosas apresentam-se nos trabalhos em saúde de forma tímida e silenciosa. A produção acadêmica em saúde continua resistente à incorporação dos aspectos religiosos na compreensão do processo de adoecimento e cura. Acrescenta que a espiritualidade pode ser um importante instrumento de promoção de saúde, na perspectiva de elaboração de subjetividades e na construção de novos significados capazes de mobilizar a reorganização do viver para a conquista da saúde. A participação do profissional de saúde é dificultada pela falta de tradição na formação em prepará-los para lidar com as subjetividades. A aproximação dos profissionais com a educação popular trouxe para o campo da saúde uma cultura de relação com as classes populares, rompendo com a tradição autoritária e normatizadora, consolidando um movimento organizado de profissionais que reconheceram as potencialidades da educação popular, como instrumento de construção da atenção integral em saúde, divulgando um saber necessário para um trabalho articulado entre os serviços e as classes populares.Essa convivência tem permitido um modo diferenciado de conduzir as ações terapêuticas,construindo vínculos afetivos no cuidar do outro, valorizando a percepção dos sentidos, equilibrando razão e emoção.