Reflexões a cerca da Saúde Pública Brasileira – Humanizar é preciso!

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Texto apresentado como avaliação parcial na Disciplina de Introdução à Psicologia da Saúde, ministrada pelo professor Me. Douglas Casarotto, da Faculdade Integrada de Santa Maria.

De acordo com leituras realizadas previamente e discussões feitas em sala de aula, pode-se observar que o Sistema Único de Saúde busca efetivar a rede de atenção básica e integral ao cidadão, tendo como base o acesso universal e igualitário às ações e aos serviços que visam não só promover como também proteger e recuperar a saúde. Essa visão humanizadora está na contramão de muitos países ditos desenvolvidos, como os EUA, por exemplo, onde a saúde é de caráter privado e comercial, tendo os agentes de saúde compromisso com o mercado e o capital em detrimento da promoção do bem-estar das pessoas. Neste sentido ilustra bem o tema o documentário "Sicko" do cineasta Michael Moore.
Humanizar no seu sentido literal da palavra significa tornar humano, ou mais humano, ou ainda tornar afável. No caso estudado, podemos dizer que este ato tem por finalidade criar condições melhores e mais humanas tanto para os trabalhadores da saúde, quanto para os usuários do sistema a que se refere, entendendo-se este como um processo e, portanto, deve estar sempre em (re)construção, (re)significação e (re)avaliação.
Muitos desafios precisam ser vencidos na área da saúde, como a educação permanente dos trabalhadores e o fortalecimento da rede de serviços  sendo este executado por equipes multidisciplinares que dialoguem entre si, fortalecendo os vínculos sem perder sua especificidade individual.  É necessário que cada servidor se perceba como agente protagonista da mudança e prevaleçam as práticas acolhedoras,  que a gestão seja vista como responsabilidade de cada um e de todos, como possibilidade de criação e de espaço para lidar com o contraditório fortalecendo a participação popular e a valorização dos saberes locais.
O Brasil dá um importante passo a caminho da promoção da saúde pública baseada nos preceitos de universalidade de acesso, integralidade e equidade com a PNH – Política Nacional de Humanização. Diferentemente do que a mídia divulga muito já se avançou neste sentido e a caminhada está acontecendo, muitas experiências bem sucedidas estão servindo de exemplos para outros países, inclusive.
Espero que possamos a cada dia nos percebermos como cidadãos – trabalhadores e usuários – sujeitos de subjetividades, porém, conscientes de nosso papel, inseridos num processo de construção e criação coletiva que nos possibilita perceber e agir com afetividade e solidariedade vendo a si e ao outro com um olhar mais humanizado e próximo.

Bibliografia de Apoio:

 

 

https://www.youtube.com/watch?v=VoBleMNAwUg