Paciente terminal desiste de morrer em 1º de novembro e quer passar mais tempo com a família

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Não controlamos a vida, mas poderíamos decidir sobre nossa morte?

Expandir a vida, o direito de atravessar e criar passagens, onde só se tem limites…

Morrer com dignidade. Uma história real. Assista.

 

 

 

 

Brittany Maynard, doente terminal, escolheu morrer em 1º de novembro mas, há dois dias da data, ela resolveu mudar de ideia. Ela quer passar mais tempo com a família.

Diagnosticada com câncer no cérebro, ela havia planejado sua morte, aos 29 anos de idade e recém-casada. Mas ontem, quarta-feira (29), ela lançou um novo vídeo emotivo, explicando como se sente agora que a data está tão perto (assista acima).

Na semana passada, o Brasil Post adiantou a história dela para você. Bittany explica os motivos para querer morrer com dignidade e justifica sua escolha. Mas, agora, uma semana depois, em novo video, ela diz:

“E se 2 de novembro vier e eu ainda estiver viva, eu sei que nós vamos ainda estar seguindo, e, como uma família, com amor um pelo outro, essa decisão virá mais tarde”
Pelo direito de escolher

Em 6 de outubro, ela lançou uma campanha chamada The Brittany Maynard Fund, em parceria com a Compassion & Choices (Compaixão & Escolhas, em tradução livre), uma organização sem fins lucrativos que trabalha para expandir as opções de fim de vida. A campanha é para aumentar a conscientização sobre a necessidade generalizada de morte com dignidade em todo o país. Os fundos arrecadados irão para apoiar este esforço.

"A coragem de Brittany em contar sua história enquanto ela morre e alertar todos os americanos para a escolha da morte com dignidade, é altruísta e heroica", disse Barbara Coombs Lee, a Presidente de Compassion & Choices, em comunicado à imprensa fornecido ao The Huffington Post.

"A maioria das pessoas não tem a flexibilidade, os recursos e o tempo para se deslocarem com suas família para estabelecer residência em uma jurisdição de morte-com-dignidade e ganhar a opção de morrer em seus próprios termos."

 

 

No vídeo acima, primeiro publicado por Maynard, ela mostra que sente um nível de alívio incrível ao saber que ela não tem que sofrer. Em vez disso, ela tem a opção de morrer em uma cama, cercada de amigos próximos e familiares, ouvindo a música que ela ama.

"Espero aproveitar, no entanto, os muitos dias que me foram dados nesta bela Terra e passar lá fora o máximo de tempo que puder, cercada por aqueles que eu amo. Espero morrer em paz", conclui Maynard no vídeo.

O que você faria?

No vídeo mais novo, Brittany parece realista sobre o seu futuro e diz que está passando todos os dias ao lado de seu marido, Dan Diaz, e de seus pais, aproveitando ao máximo o tempo que tem.

A psicóloga americana começou a ter enxaquecas intensas e recorrentes no final de 2013, pouco depois de se casar. Em janeiro de 2014 ela teve o diagnóstico de um dos tipos mais graves de tumor cerebral, o glioblastoma.

Brittany logo foi submetida a duas cirurgias, que contiveram o crescimento do câncer e renderam-lhe um prognóstico de mais dez anos de vida. No entanto, em abril, os médicos constataram que o tumor voltou maior e mais agressivo. O prognóstico de vida mudou para seis meses.

A paciente tomou a decisão de recorrer ao suicídio assistido, prática médica que permite, em termos legais, o paciente com câncer terminal a tirar a própria vida no momento em que desejar. O procedimento é permitido em cinco estados americanos: Montana, Novo México, Vermont, Washington e Oregon. A história completa dela está aqui.

Fonte: https://www.brasilpost.com.br/2014/10/30/mulher-escolhe-morrer_n_6076460.html