A gestão do trabalho no SUS: alguns conceitos.

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Boa tarde, rede HumanizaSUS!! =)

Sobre a gestão do trabalho e os processos de trabalho no SUS, podemos fazer algumas considerações gerais. O setor saúde de acordo com o mercado de trabalho e dos empregos, caracterizando o campo da gestão do trabalho no SUS, como um setor de saúde de obras intensivas que lida com a operacionalização e com uma quantidade expressiva de trabalhadores, incorporando vários recursos tecnológicos e equipamentos. As instituições de saúde são organizações  profissionais em que o saber e habilidades são formalizados pelo processo de formação e normas que foram definidas pelas associações de profissionais.Uma organização dos serviços de saúde depende do ambiente sócio-político e é regulamentado externamente à organização sob a ótica da burocratização e ao desempenho gerencial, que ficam submetidos aos recursos humanos das Secretarias de Estado de Saúde.

As ações em cuidados de saúde são atividades de interesse público e a sua produção e consumo de serviços de saúde são ações de múltiplos interesses e múltiplos agentes, ou seja, também se produzem e expressam  processos de gestão além dos espaços instituídos.No âmbito dos serviços em saúde no SUS, cabe ressaltar os recursos humanos e a existência de uma relação entre os usuários, trabalhadores de saúde e gestores no processo de produção e consumo e cuidados de saúde. Há dois campos de atuação para as ações do sistema que implicam entre a relação entre trabalhadores e sistema de saúde: o da gestão e o de desenvolvimento. O primeiro campo é responsável pelo recrutamento e seleção, cadastro e remuneração, movimentação, direitos e deveres, no segundo campo fica responsável  pelas ações de formação, estágios, qualificação, treinamentos, capacitações e modalidades de recursos humanos.

Dessa forma, o desenvolvimento de políticas públicas na área de recursos humanos torna-se cada vez mais um desafio a ser enfrentado e amplo para a construção de um sistema de saúde consolidado e integral, a construção dessas políticas indicam que seus construtores e trabalhadores de saúde sejam incorporados como sujeitos transformadores e não como simples trabalhadores cumpridores de tarefas e sinalizadores de políticas públicas desiguais e impróprias.

Complemento meu post, com um texto super interessante do CONASS, sobre a gestão do trabalho e educação na saúde. Espero que gostem, boa leitura!