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Bom dia, trabalho também na área de saúde, e devido a demanda a qualidade que se dá ao ser humano acaba ficando aquém. se esquece do ser humano como um todo, se esquece do básico, se apresentar, explicar o que vai ser feito e o porque.
Os profissionais de modo geral, realizam o procedimento, manda o paciente pra lá, pra cá, medica, toca no paciente quando caso de curativo ou até mesmo de um auto exame, e não falam nada. Não há interação entre paciente e profissional, muita das vezes sabemos os nomes dos profissionais através de carimbo ou pelo crachá de identificação.
Vejo que muitos profissionais não estão qualificados, e isso começa já pela triagem, onde a atendente, esquece que as pessoas que está ali, tiveram uma noite ruim, com dor, que sua tolerância já está comprometida.
que a falta de postura do atendente com conversas paralelas, risadas excessivas, muitas vezes é entendida como descaso pelo paciente.
Quando se fala de profissionais, equipe, devesse começar pelo porteiro, ajudante geral, recepção, enfermagem e por final o médico, sendo acolhido por todos, o acolhimento pode e deve ser breve sim, mais com respeito e atenção devida.
Por Maria Luiza Carrilho Sardenberg
Olá Gilmara,
Você traz para a roda os sentimentos daqueles que no momento de maior fragilidade e consequente necessidade de cuidado são, por vezes, incompreendidos e negligenciados. Todos podemos dizer que já passamos por uma ou muitas situações como a descrita e não encontramos espaço para falar dos afetos tristes que ficaram, e isto para dizer o mínimo.
Uma das funções de uma rede social de saúde é justamente dar voz a todos os sujeitos envolvidos na produção do cuidado. E penso que os usuários também são protagonistas deste cuidado. Buscar uma comunicação com o trabalhador de saúde no momento do atendimento pode quebrar esta forma nociva de relação impessoal numa prática onde a proximidade e o afeto são instrumentos de trabalho. Sempre faço isto quando estou submetida a algum tipo de procedimento ou atendimento e geralmente funciona pois encontramos do "outro lado" um ser humano e podemos acessar algo que nos integre e afete.
É claro que esta é apenas uma pequena parte do problema. Por outro lado, poder trocar experiências com outros dentro de uma rede acolhedora, aprender novas formas de relação pautadas por outros horizontes éticos e, assim, disseminar as práticas humanizadoras é um belo caminho.
Seja muito bem-vinda por aqui e "tamo junto"!