Acolhimento com classificação de risco é notícia no DF
Desde a primeira semana de janeiro, os usuários do SUS que procuram o Hospital de Base do Distrito Federal estão sendo atendidos de maneira diferente. O acolhimento com classificação de risco está alterando a rotina do hospital que é referência em casos de média e alta complexidade.
Para implantação dessa novidade, foi preciso capacitação e sensibilização de cerca de 150 trabalhadores entre profissionais de saúde, equipe de segurança e auxiliares administrativos, que passam a trabalhar de acordo com as orientações da Política Nacional de Humanização (PNH).
A organização do pronto-socorro está dividida por cores, sendo que a vermelha indica a necessidade de atendimento imediato, como nos casos de traumatismos graves, dor aguda no peito, perfurações em partes vitais e queimaduras. A cor amarela indica urgência (dor abdominal, diarréia resistente, desmaio, etc.). Pacientes que podem esperar atendimento, com diagnósticos mais simples, recebem a cor verde e serão atendidos após os usuários classificados com as cores vermelha e amarela. Já os identificados com a cor azul serão encaminhados ao posto de saúde mais próximo de sua residência, pois sua situação de saúde pode ser resolvida nesses locais, como nos casos de troca de curativos, emissão de atestado médico, recebimento de exames e outros. A equipe de enfermagem é a responsável por essa classificação.
Além do acolhimento com classificação de risco, o Hospital de Base já trabalha com outras ferramentas de qualificação do Sistema Único de Saúde, como a cogestão e a visita aberta, que possibilitou ampliação do horário de visita para seis horas diárias, das 11h às 17h (com exceção da psiquiatria, de 16 às 17 e da UTI, em dois horários, de 10 às 11 e de 15 às 16h).
Desde agosto de 2009, o Hospital é também o ponto de encontro dos gestores dos hospitais do DF que participam de um curso promovido pela PNH em parceria com a Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Eles analisam as possíveis intervenções em cada regional de saúde, de acordo com as diretrizes da PNH.
Essa novidade recebeu ampla cobertura da imprensa, como nos links abaixo:
Pronto-socorro do Hospital de Base terá atendimento priorizado por escala de gravidade pacientes em estado grave
SAÚDE
Hospital de Base adota atendimento a cores
Pronto-Socorro do Hospital de Base inicia o ano com novo sistema de atendimento
Hospital de Base muda atendimento
Emergência do Hospital de Base adota novo sistema
Por bethmori
oi mariella e demais compas
Começamos a implantar o ACR no PS do Hospital de Base no dia 04 de janeiro e desde este dia o trabalho de apoio está fazendo diferença neste processo de trabalho. Marilene Wagner, consultora da PNH e enfermeira de Campinas, tem acompanhado os trabalhos junto com a equipe de apoiadores do DF: Simone Eineck, Josiane, Cleuza, Norma e Flavia. Além de acompanhar o fluxo na porta de entrada estamos participando da reunião do CG do PS, onde discutimos os desafios observados. Amanhã, Dario e eu faremos uma reunião com o Secretário de Saúde e o Dr. Schimim, diretor do Hospital, para discutirmos este processo de implantação do ACR no Base e seus efeitos na rede de saúde do DF. Estamos experimentando o efeito cascata deste dispositivo que tem disparado na rede externa e também na rede interna do hospital várias conversas. O tempo de permanência no PS, alta demanda ambulatorial e da AB, a desospitalização, a constituição de Unidades de Produção, Colegiados Gestores e a formação de Equipes de referencia e o apoio matricial são alguns dos temas que estão sendo discutidos também com os 120 alunos do curso de gestão hospitalar, em parceria com a Unicamp. Estamos vivendo o efeito contagio da PNH, onde cada intervenção dispara discussões e necessidade de implantação de outros dispositivos. Os colegiados gestores têm sido um potente dispositivo para ampliar a comunicação do trabalho realizado. Hoje iniciamos, com a presença de Ivan Coelho, intensivista da UFMG e dioutorando da Unicamp, nossa participação no CG da direção… Enfim, estamos apoiando várias ações no Base e discutindo com os demais hospitais as mudanças provocadas pela PNH na rede. Temos muito a compartlhar com esta experiência.
Beth Mori
Consultora da PNH