Atenção especializada: um gargalo no SUS ?

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Boa tarde Rede 🙂 

Segundo a assessora Técnica do CONASS (Eliana Dourado), existem evidências de que 70% a 80% das pessoas com condição crônicas possuem quadros que podem ser acompanhados pela Atenção Primária e por meio do auto cuidado. Entretanto, a atenção especializada está cheia de usuários nessa condição, devido ao acesso direto por demanda espontânea e a falta de estratificação de riscos na Atenção Primária. Outro problema dentro da Atenção Especializada é a centralização nos profissionais médicos, pois segundo a assessora o modelo tradicional desse tipo de atenção não opera com a equipes multiprofissionais. 

Para Eugênio Vilaça "Não é o ‘vazio assistencial’ o principal problema da Atenção Especializada no Brasil, mas o vazio cognitivo,ou seja, o desconhecimento de práticas que comprovam a possibilidade de um atendimento diferenciado aos que necessitam do especialista”.

Dessa forma, me pergunto se o chamado "gargalo" pode estar acontecendo devido a falta de profissionais especializados ou/e má organização da oferta do serviço ?

Referência: https://www.conass.org.br/biblioteca/pdf/revistaconsensus_16.pdf