#DIFERENTONA, não! Iguais na diferença!

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  Sinceramente não sei como isso começou, mas 'viralizou' na internet a prática de brincar com hábitos relacionados à diferença dos internautas, dos que só gostam de um tipo de série, dos que não ligam para a TV, e por assim vai (uma amostra pode ser vista aqui). 

  Para o Fórum sobre Medicalização da Educação e da Sociedade, por outro lado, a questão da diferença é um tema muito importante, são os desvios e diferentes modos de aprender e ser no mundo que vem sendo cooptados pelos fenômeno da medicalização. E por isso mandamos o nosso recado.
 

   diferentona.jpg

 

   A discussão sobre a existência do TDAH e o seu tratamento com Ritalina é antigo, e a história recente da ciência mostra que as duas são quase irmãs gêmeas, à medida que a Ritalina foi criada em sua versão comercial o diagnóstico tornou-se mais abrangente e evidente.

  Esse tipo de ação produz, além do aquecimento do debate, o efeito de afetar as pessoas que ao seu redor convivem com pessoas diagnosticadas com TDAH e/ou usuários do Metilfenidato. "O que eu tenho então?", "O que eu faço com o meu filho?". Várias respostas podem ser obtidas nos inúmeros textos, vídeos entre outros documentos disponibilizados pelo Fórum sobre Medicalização da Educação e da Sociedade. Mas o que me mais me tocou foi uma seguidora da fanpage do Fórum, Natacha Oreste, que enviou o seguinte poema do seu blog www.linguainquieta.blogspot.com.

 

déficit de atenção

atenta a tanto
até me sinto
tonta

tontura
não é déficit
é cura

rasguei a bula
ninguém mais
me rotula

tdah.jpg  

 

  Apesar das redes sociais serem ocupadas por novas modas a cada semana, é na potência desses bons encontros que a luta por uma sociedade onde o princípio da equidade se faça absoluto vale a pena.
  Aos comunicadores populares em saúde, que possamos nos abrir para esses bons encontros em 2016 e fazer desse ano um capítulo mais leve e bonito na promoção da saúde.